domingo, 2 de agosto de 2009

Solidão insone

Lépida e fagueira. Afetações madrugadeiras, de uma certa ruptura domingueira... sem eira nem beira? ai quanta besteira!


"Já não sabemos estar sós, lembra Pelbart. Vivemos numa sociedade em que o "capitalismo em rede enaltece ao máximo as conexões e esconjura a solidão", e nessa hiperconectividade não pode haver singularidade, há só a "'solidão negativa', socialmente produzida", não a "solidão positiva" de uma resistência à homogeinização, à desertificação do vivido pela sua iluminação ao mesmo tempo indiferente e totalizadora. O estar só impõe um saber dançar na obscuridade, brincar em mundos não iluminados -- ali se encontram luzes de uma natureza outra: o poeta Itamar Assumpção dizia "É preciso estar escuro/ para eu dormir em paz/ mas dentro de mim há uma luz/ que eu não consigo apagar!". Também a solidão -- certamente insone -- de Itamar era ricamente povoada".

(por Sérgio Basbaum)
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