sábado, 15 de agosto de 2009

Luana em quadrinhos



Conheci este Gibi há alguns anos e achei a proposta muito interessante, pois, pela primeira vez na história, a heroína é uma negra. Nunca mais vi em nenhuma banca, e hoje, lembrei deste gibi e procurei na internet. Vejam trechos da seguinte reportagem que encontrei em http://cartumfazescola.zip.net/arch2007-09-09_2007-09-15.html, de André Brown. Vale a pena ler na íntegra.
"A personagem de histórias em quadrinhos Luana surgiu na Bahia, em 2000, pelas mãos de seu criador, Aroldo Macedo, e do ilustrador Arthur Garcia. Luana, com seus cabelos trançados e com enfeites coloridos, vestida de capoeirista, toca um berimbau mágico, que tem o poder de levá-la a qualquer época ou lugar.
Suas histórias narram aventuras de seu cotidiano, na escola e com sua turma de amigos. Na revista da Luana, existe um espaço reservado para os causos contados por sua avó, que a remetem para as lendas e tradições africanas. A personagem está sempre ensinando às crianças que lêem seu gibi noções de ecologia, higiene e cidadania. (...)

Percebi que o gibi da Luana pode ser bastante útil para professores/professoras, que, atualmente, buscam textos e materiais para auxiliar nas escolas, como determina a Lei n.º 10.639 de 9 de janeiro de 2003, que altera a Lei n.º 9.394, de 20 de dezembro de 1996, estabelecendo as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade da temática História e Cultura Afro-Brasileira. (...) A lei vigente estabelece o ensino das culturas afro-descendentes para todos os estudantes, independentemente de suas etnias. Os quadrinhos produzidos sobre essas culturas teriam um grupo bastante amplo de leitores, tornando necessária a impressão de grandes tiragens para distribuição nas escolas, disponibilizando o material para professores / professoras usarem como referência em suas aulas. Imagino que os quadrinhos afro-descendentes, criados por artistas, professores/professoras e estudantes, continuarão a ser um valioso instrumento contra o racismo e, também, na implementação de atividades para o ensino das culturas afro-descendentes, dentro e fora da escola".

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