domingo, 9 de agosto de 2009

Charme no viaduto

Passei a noite no embalo do Charme, na companhia de Lu, Dione- charmeira de primeira, com seu sorriso de orelha a orelha e dançando com toda a graça, Márcia e Angélica, no show de Montell Jordan, no viaduto de Madureira. Uma noite agradável, com a lua boluda e um som diferente do que habitualmente ouço. Efeito Rio na minha vida.
É muito interessante ver a galera dançando as diversas coreografias. Eu fico encantada!
Quem quiser conhecer o som do cara, vale a pena ouvir:
http://www.myspace.com/montelljordan

E quem quer saber mais sobre o Charme e os charmeiros:
"O termo "charmeiro" é utilizado para designar os apreciadores de uma vertente da Black Music (Música negra americana), conhecida popularmente no Brasil como "Charme", termo usado para o R&B Contemporâneo no Brasil , que se desenvolveu a partir do Urban.
Com uma vestimenta social, porém mantendo sempre o seu traço “black”, o charmeiro conserva seu perfil de um negro de bom gosto, romântico e inteligente.
As músicas deste estilo são compostas de forma específica. Elas têm, dentre outras características, um ritmo que é quaternário, muito bem delineado e marcado. Os arranjos são muito bem organizados e chamam a atenção. O trabalho vocal tende sempre a ter uma maravilhosa performance vocal do artista, o que não impede de haver determinadas músicas que não tenham vocal.
A origem deste estilo remonta uma época paralela à Soul Music, nos anos 70, cuja execução no Brasil foi realizada por DJs como Mister Funk Santos. O charme tem mais do som da Filadéfia pelos arranjos e melodia do que propriamente do Soul, afinal, tratava-se de uma terceira vertente depois do Soul e o Funk. No final de 76 a Soul Music dava sinais de desgaste, seja pela pulverização do repertório ou pela não renovação do seu público. Outro detalhe que apressaria a morte do Soul foi o nascimento de um outro movimento entre jovens brancos da Zona Norte e Oeste do Rio - "O Som das Cocotas". Fica aqui o registro que o movimento "Black Rio" era formado por 60% de negros e pardos, 40% de brancos e mestiços pobres da periferia da cidade. O primeiro "baque" sofrido pelo movimento Soul foi, sem dúvida, a descoberta e identificação do som "pop-rock" pelos frequentadores brancos da zona norte. O segundo e definitivo golpe sofrido pela agonizante Soul Music foi dado pela revolução trazida pela Disco Music em 1977. Por ter sido um movimento mundial, a Disco Music mudou o comportamento, a moda e a cultura dos jovens da Zona Norte do Rio e boa parte de Brasil. Em 1980 a Discoteca se enfraquece como movimento de "dança coletiva", abrindo espaço para o "pop orientado" da gravadoras multinacionais instaladas no Brasil, deixando, por assim dizer, um vácuo musical nas equipes de som do subúrbio do Rio. O Corello aproveitou esse "hiato" musical e experimentou músicas e estilos não percebidos por outros DJ's da época.
O termo Charme (R&B) foi criado por Corello DJ, no Rio de Janeiro, em março de 1980. O DJ Corello começou na época a fazer experiências de outras formas de Black Music. Ele introduz a musicalidade do Charme e as pessoas começam a gostar. Ele não tinha dado um nome para essa experiência, mas observou que quem dançava tinha um movimento corporal bem diferenciado. Em um baile no Mackenzie, no bairro do Méier, o Corello convida: “Chegou a hora do charminho, transe seu corpo bem devagarinho”. Essa estória do “charminho” ficou na cabeça das pessoas e elas passaram a falar: “agora eu vou pro Charminho, vou ouvir um Charme, vou lá no Corello que vai ter Charme” "(http://pt.wikipedia.org/wiki/Charmeiros)

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