domingo, 2 de agosto de 2009

Berro em surdina

Estou espantada com um dado que acabei de ler no livro "Show do Eu- a intimidade como espetáculo", de Paula Sibilia. Segundo a autora, no Brasil, 120 milhões de pessoas estão desplugadas da rede. Entre elas estão meus pais e meus avós, lá pras bandas de Boqueirão e Herveiras (lugares que já tem internet...)

Mas como sobreviver sem estar enredad@?

E como pensar e viver a solidão produtiva em tempos hiperconectados?

A internet favorece a contrução de certas redes que são essenciais ao movimento migratório, através de dispositivos que aproximam distâncias, dão um certo quê de simultaneidade e até proporcionam um certo alívio da saudade, que atravessa as experiências dos que partem, mas não necessariamente chegam em algum lugar...

Tou sentindo que está na hora de criar outro blog, mais direcionado à minha pesquisa de doutorado sobre modos de subjetivação da migração, a partir da experiência de estudantes de pós-graduação em intercâmbio internacional.

Enquanto isso... sigo na leitura, tendo como trilha sonora a rádio Arnaldo Antunes, no last fm, que acabei de me cadastrar e tá tocando uma galera (quem inventou que eu gosto de Zélia Duncan???)

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