Este blog é um território para vadiar, de atenção às dobras dos acontecimentos, do acaso e dos bons encontros... Espaço para fazer reverberar afetações cotidianas! "(...) A vida não tem ensaio, mas tem novas chances... Viva a burilação eterna, a possibilidade: o esmeril dos dissabores! Abaixo o estéril arrependimento, a duração inútil dos rancores! Um brinde ao que está sempre nas nossas mãos: a vida inédita pela frente e a virgindade dos dias que virão!" Elisa Lucinda
sábado, 29 de agosto de 2009
Só de passagem
Do Livro do Desassossego - Bernardo Soares - Fernando Pessoa
sexta-feira, 28 de agosto de 2009
quinta-feira, 27 de agosto de 2009
Apanhador de palavras
quarta-feira, 26 de agosto de 2009
Ave Aurelius!
- Que a força da amizade multiplique a vida em sua máxima expansão! Menos a da dobra da cintura...
terça-feira, 25 de agosto de 2009
Explodindo os miolos de Deleuze
"Aliás, é fascinante. O miolo e a língua... Se eu tentasse relacionar com o que dissemos, há uma espécie de trindade. Poderíamos dizer — e seria anedótico — que o cérebro é Deus, é o Pai. Que o tutano é o Filho, já que está ligado às vértebras, que são pequenos crânios, e Deus é o crânio. Pequenos crânios, vértebras... Portanto, o tutano é Jesus. E a língua é o Espírito Santo, que é a própria potência da língua. Eu também poderia arriscar assim: o miolo é o conceito, o tutano é o afecto e a língua é o percepto. Não me pergunte por quê, mas sinto que são trindades. É, esta seria uma refeição fantástica para mim. Não sei se já tive os três ao mesmo tempo" (Abecedário de Deleuze, letra d).
Receita pra lavar palavra suja
Mergulhar a palavra suja em água sanitária,
Depois de dois dias de molho, quarar ao sol do meio dia.
Algumas palavras quando alvejadas ao sol
adquirem consistência de certeza,
por exemplo a palavra vida.
Existem outras e a palavra amor é uma delas
que são muito encardidas e desgastadas pelo uso,
o que recomenda esfregar e bater insistentemente na pedra,
depois enxaguar em água corrente.
São poucas as que ainda permanecem sujas
depois de submetidas a esses cuidados
mas existem aquelas.
Dizem que limão e sal tiram as manchas mais difíceis e nada.
Todas as tentativas de lavar a piedade foram sempre em vão.
Mas nunca vi palavra tão suja
como a palavra perda.
Perda e morte na medida em que são alvejadas,
soltam um líquido corrosivo
—que atende pelo nome de amargura—
capaz de esvaziar o vigor da língua.
Nesse caso o aconselhado é mantê-las sempre de molho
em um amaciante de boa qualidade.
Agora se o que você quer
é somente aliviar as palavras do uso diário,
pode usar simplesmente sabão em pó e máquina de lavar.
O perigo aqui é misturar palavras que mancham
no contato umas com as outras.
A culpa, por exemplo, mancha tudo que encontra
e deve ser sempre clareada sozinha.
Uma mistura pouco aconselhada é amizade e desejo,
já que desejo sendo uma palavra intensa, quase agressiva,
pode, o que não é inevitável,
esgarçar a força delicada da palavra amizade.
Já a palavra força cai bem em qualquer mistura.
Outro cuidado importante é não lavar demais as palavras
sob o risco de perderem o sentido.
A sujeirinha cotidiana quando não é excessiva
produz uma oleosidade que conserva a cor
e a intensidade dos sons.
Muito valioso na arte de lavar palavras
é saber reconhecer uma palavra limpa.
Para isso conviva com a palavra durante alguns dias.
Deixe que se misture em seus gestos
que passeie pelas expressões dos seus sentidos.
Á noite, permita que se deite,
não a seu lado, mas sobre seu corpo.
Enquanto você dorme
a palavra plantada em sua carne
prolifera em toda sua possibilidade.
Se puder suportar a convivência
até não mais perceber a presença dela,
então você tem uma palavra limpa.
Uma palavra limpa é uma palavra possível.
segunda-feira, 24 de agosto de 2009
Joãozinho Moitoso em festa
A você desejo força, luz e tranquilidade para dobrar a vida em encontros alegres!
obs. Estas fotos foram tiradas em abril deste ano, na casa da Pequena- dona Laurinha, que aparece na primeira foto, em que estou com o véio e a véia (e também é a fotógrafa da segunda foto). E esse serzinho no colo do pai é Lilica, mais novo membro da família. Minha mana, a Quinha, tá presente, como fotógrafa da primeira foto. Para colocar uma foto sua teria que pedir permissão primeiro... é outra crica!
Bom dia girassol!
domingo, 23 de agosto de 2009
Domingo 23
É dia dele passear
Dele passear
No seu cavalo branco
Pelo mundo pra ver
Como é que tá
De armadura e capa
Espada forjada em ouro
Gesto nobre
Olhar sereno
De cavaleiro, guerreiro justiceiro
Imbatível ao extremo
Assim é Jorge
E salve Jorge
viva viva viva Jorge
Pois com sua sabedoria e coragem
Mostrou que com uma rosa
E o cantar de um passarinho
Nunca nesse mundo se está sozinho
E salve Jorge
E salve Jorge
Domingo 23
É dia de Jorge
É dia dele passear
No seu cavalo branco
Pelo mundo prá ver
Como é que tá
De armadura e capa
Espada forjada em ouro
Gesto nobre
Olhar sereno
De cavaleiro, guerreiro justiceiro
Assim é Jorge
E salve Jorge
viva viva viva Jorge
Pois com sua sabedoria e coragem
Mostrou que com uma rosa
E o cantar de um passarinho
Nunca nesse mundo se está sozinho
(Jorge Ben Jor)
quarta-feira, 19 de agosto de 2009
Vento
e só de ouvir o vento passar,
vale a pena ter nascido.
Fernando Pessoa
Acordando com Mafalda
Sou
Que o vão observador que frente ao mudo
Vidro do espelho segue o mais agudo
Reflexo ou o corpo do irmão.
Sou, tácitos amigos, o que sabe
Que a única vingança ou o perdão
É o esquecimento. Um deus quis dar então
Ao ódio humano essa curiosa chave.
Sou o que, apesar de tão ilustres modos
De errar, não decifrou o labirinto
Singular e plural, árduo e distinto,
Do tempo, que é de um só e é de todos.
Sou o que é ninguém, o que não foi a espada
Na guerra. Um esquecimento, um eco, um nada.
Jorge Luis Borges, in "A Rosa Profunda"
segunda-feira, 17 de agosto de 2009
Rir ou chorar
É pra rir ou chorar?????
Spinoza e Deleuze
Nos dias 18/08, 25/08 e 01/09, das 9:00 às 10:30 h, o professor Mário Bruno (UERJ/UFF) dará um curso sobre Sponiza e Deleuze na UNIRIO, Av. Pasteur, 458, Prédio do CCH, subsolo, laboratório de papel.
Urca – Rio de Janeiro.Inscrições limitadas! Bora?
Programação no site:
http://mariobruno-popfilosofia.blogspot.com/
domingo, 16 de agosto de 2009
À deriva... em tempos de paz
Ao sair da ostra ontem, fiquei à deriva... em tempos de paz...
Curioso como o cinema sempre pode surpreender! Fui ao seu encontro sem maiores expectativas e assisti dois filmes muito interessantes, na boa companhia de Pâmella.
À deriva aborda os interstícios das relações afetivas e familiares, a descoberta de desejos, de afetos que tomam e geram tantos desdobramentos, mudando muitas vezes o curso de uma vida previsível... da moral e suas capturas que tentam confinar as pessoas à papéis delimitados, cheios de amarras... das rupturas que também podem ser modos confinados de repetir... ou não.
O filme, de Heitor Dhalia, foi o único brasileiro exibido no festival de Cannes deste ano e aplaudido durante 10 min. Quem se interessar, vale a pena ver o site:
http://www.aderivafilme.com.br/
E claro! Ir ao cinema, um modo de ficar à deriva...
Já Tempos de Paz, de Daniel Filho, me surpreendeu totalmente! Totalmente mesmo! Estava esperando que seria mais um filme pesado sobre o período pós guerra e na dúvida se seria interessante assisti-lo depois das mobilizações provocadas por À deriva. Entretanto, o filme é uma bela homenagem aos imigrantes que, por causa da guerra, chegaram ao Brasil, colorindo esta terra com suas histórias, desventuras e novos projetos de vida. A potência da arte para gerar bons encontros e fazer da vida uma coisa outra também é uma marca do filme. Belíssima atuação de Dan Stulbach, no papel de Clausewitz "Eu não vivi. Sou um colecionador de lembranças".
sábado, 15 de agosto de 2009
Pensar faz vítimas
http://pauloleminskipoemas.blogspot.com/
O contador de histórias
Assisti O Contador de histórias esta semana, na companhia das primas Lu e Márcia, e gostei muito! Ele aborda, de modo muito intenso e doce, o belo encontro entre Roberto e Margherit, que desmancha papéis, lugares, etnias, nacionalidades...
Possibilita colocar em análise diversas instituições, entre elas a pesquisa científica e seus desdobramentos.
Adorei o sotaque minerin do narrador!
Quero ver novamente! Bora?
"Baseado em fatos reais. Belo Horizonte, fim da década de 70. Aos 6 anos, Roberto Carlos Ramos já demonstra enorme talento para contar histórias. Caçula de dez irmãos e morador de favela, é o escolhido por sua mãe para ir viver numa nova instituição anunciada pelo governo como uma oportunidade para aqueles que viviam na pobreza".
http://www.adorocinemabrasileiro.com.br/filmes/contador-de-historias/contador-de-historias.asp
Luana em quadrinhos
Conheci este Gibi há alguns anos e achei a proposta muito interessante, pois, pela primeira vez na história, a heroína é uma negra. Nunca mais vi em nenhuma banca, e hoje, lembrei deste gibi e procurei na internet. Vejam trechos da seguinte reportagem que encontrei em http://cartumfazescola.zip.net/arch2007-09-09_2007-09-15.html, de André Brown. Vale a pena ler na íntegra.
"A personagem de histórias em quadrinhos Luana surgiu na Bahia, em 2000, pelas mãos de seu criador, Aroldo Macedo, e do ilustrador Arthur Garcia. Luana, com seus cabelos trançados e com enfeites coloridos, vestida de capoeirista, toca um berimbau mágico, que tem o poder de levá-la a qualquer época ou lugar.
Suas histórias narram aventuras de seu cotidiano, na escola e com sua turma de amigos. Na revista da Luana, existe um espaço reservado para os causos contados por sua avó, que a remetem para as lendas e tradições africanas. A personagem está sempre ensinando às crianças que lêem seu gibi noções de ecologia, higiene e cidadania. (...)
Percebi que o gibi da Luana pode ser bastante útil para professores/professoras, que, atualmente, buscam textos e materiais para auxiliar nas escolas, como determina a Lei n.º 10.639 de 9 de janeiro de 2003, que altera a Lei n.º 9.394, de 20 de dezembro de 1996, estabelecendo as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade da temática História e Cultura Afro-Brasileira. (...) A lei vigente estabelece o ensino das culturas afro-descendentes para todos os estudantes, independentemente de suas etnias. Os quadrinhos produzidos sobre essas culturas teriam um grupo bastante amplo de leitores, tornando necessária a impressão de grandes tiragens para distribuição nas escolas, disponibilizando o material para professores / professoras usarem como referência em suas aulas. Imagino que os quadrinhos afro-descendentes, criados por artistas, professores/professoras e estudantes, continuarão a ser um valioso instrumento contra o racismo e, também, na implementação de atividades para o ensino das culturas afro-descendentes, dentro e fora da escola".
sexta-feira, 14 de agosto de 2009
Já é hora de desvirar a ampulheta
Deveria estar certo de que ao desvirar a ampulheta começaria uma nova contagem do tempo, mas desde que a ampulheta parou o que essas areias guardaram dentro de si naquele contar do tempo? Construíram castelos de areia, forminhas de praia, palavras sutis e atritos... ora escorreram suavemente ora dolorosamente, como se estivessem arranhando meus olhos. Sólidas e salgadas estruturas, diria, se não carregasse a doce propaganda da memória sem rastro, foliginosa e enfumaçada. Não faz mais diferença, as areias são pequenos manuscritos do tempo, nelas estão contidas todas as experiências dos milênios, vem de bem antes da minha recente existência e a elas juntar-me-ei num futuro recente. Quem duvidaria de nossa pequenez?
Será que as areias envelhecem? Talvez elas sejam as formas da velhice, o pó. São pelo menos quando uma bunda velha senta e deforma a areia com suas curvas mulambentas e gravitacionais.
As areias desertas de qualquer estação gravam sua volúpia silenciosamente, resistem ao seu destino atômico e tragicômico, afinal quem será lembrado nas areias do esquecimento? Quem será amado ou odiado? Quem terá o perfume tatuado e a textura da sua pele impregnada dos/nos poros de outrem? Quem conhecerá os segredos dos mares da outra pessoa e terá a sensação de estar sempre a desvendá-los em qualquer momento? Tanto nas lembranças quanto na imaginação!
Agora sou um exercício, uma matemática torta que visa potencializar todos os momentos da vida, sem piedade minha ampulheta soterra o tempo e minha miserabilidade. É a faca que você, supostamente, amola contra si mesmo. Acreditando que viver entre o delírio e o mistério torna a vida um pouco mais excitante. Não existe mais contabilidade, nem balança. A ampulheta nunca foi desvirada, porque ainda não acabou, quem desvira a ampulheta é a morte e nosso xadrez ainda esta no começo da partida, espero.
sempre inacabado, como precisa ser.
Leonardo Prata
http://amansalouco.blogspot.com/2007/01/j-hora-de-desvirar-ampulheta.html
Guardei... sem ter porque...
"Quem acolher o que ele tem e traz
Quem entender o que ele diz
No giz do gesto o jeito pronto
Do piscar dos cílios
Que o convite do silêncio exibe
em cada olhar
Guardei
Sem ter porque
Nem por razão
Ou coisa outra qualquer
Além de não saber como fazer
Pra ter um jeito meu de me mostrar"
(Trecho de "Pra você guardei o amor" de Nando Reis- Drês)
Infernizando dos além...
“O meu chefinho estava de volta. Que saudade. Eu já não via a hora. Aquela versão diluída do Collor estava até me preocupando”, escreve ele neste primeiro post nos Blogs do Além.
PC Farias aproveita para anunciar seu apoio incondicional a Collor. “Estou aqui para ajudá-lo incondicionalmente em sua nova cruzada. Vou até em criar um movimento para arrecadar apoio. Arrecadar é comigo mesmo. Vai se chamar ‘Forra o Sarney’”.
Quer saber os detalhes desta nova campanha? Clique aqui e confira "
Vitor Knijnik
http://www.cartacapital.com.br/app/coluna.jsp?a=2&a2=5&i=4795
Tá amarrado!!!
E o número de fiéis continua crescendo... há quem acredite que é estratégia do "Inimigo" para desmoralizar um "servo do senhor"!
Enquanto isso...
Apesar de você...
Sorveterapia
Tinha que ser na Espanha... meu próximo destino!
Mas eu confesso que sorvete gostoso é de chocolate, beeeeeeeeeeem doce, ovomaltine... ai ai ai
"A maior marca de sorvetes artesanais da Espanha lançou neste verão uma linha medicinal que promete tratar de celulite e estresse até impotência.
A "sorveterapia", como descreveu Félix Llinares, chef e proprietário da sorveteria Llinares, utiliza ervas e plantas medicinais misturadas a uma base de leite vegetal.
A ideia, segundo ele, foi unir a moda da vida saudável com a fitoterapia.
"É como tomar um chá, mas em forma de sorvete", disse Llinares à BBC Brasil.
Contra gases e insônia
Com receitas exclusivas, a marca criou 12 sabores de sorvetes terapêuticos.
O de centelha asiática, por exemplo, promete combater a celulite. Contra o estresse, a Llinares sugere a mistura de três ervas medicinais (valeriana, erva-cidreira e tília). E para combater gases, sorvete de erva-doce.
Na lista há também propostas mais atrevidas, como o sorvete para evitar a impotência, à base de ginseng e outras plantas medicinais, a mistura para emagrecer, com aloe vera, além de outros sabores que prometem ajudar o consumidor a parar de fumar ou superar problemas de insônia.
Llinares explicou que a ideia da linha terapêutica surgiu depois que o pai dele teve um câncer de próstata.
"Comecei a pensar nos tratamentos naturais que poderiam ajudar o meu pai. Primeiro imaginei um sorvete diurético e uma coisa levou à outra", disse.
"A saída dessa linha ainda é limitada, mas sempre tem gente disposta a provar novidades e se surpreende porque gosta do sabor e acredita na eficácia das plantas", completou.
Sabores
Essa forma de inovar foi o que deu fama à sorveteria, cujas receitas são secretas.
A família administra a marca há quase 80 anos e já está na quinta geração de sorveteiros.
As lojas têm mais de mil sabores - muitos deles raros, como os sorvetes de chopp, cerveja preta, azeite de oliva, alho, cebola, salmão e canja de galinha".
quinta-feira, 13 de agosto de 2009
Viver de poesia
que eu quase não dou conta das tarefas.
Trazê-la em estado de circulação
é mais que assumi-la sangue
de tanto me afundar no mangue
decorei o caminho do emergir
a volta do desmaio
do cair em si em mi
e mais todas as notas do percurso e escola.
Há tanto o que transar com a poesia
que tenho estado com ela sem nenhum projeto de anticoncepção
falá-la então é o VT desse sexo explícito de procriação
com direito a prazer e gozo em cada dobra de rima
Trazendo-a em estado vivo exerço a alquimia
de atropelar o efêmero
com o doce trator da perpetuação
agarrada aos motivos eternos
dos versos que eu escrevi
latejante exposição em estado de música e fotografia
é o que faço aqui
e aqui chego com meus cães:
sigo tudo de acordo com as ordens do Deus poema
que é o fiel domador.
Corro, sento, busco ossos
e inda faço gracinhas
elefante, golfinho, leão, macaquinho,
sopro, tambor, teclado, cavaquinho
vou bebendo vinho.
Há tanto o que fazer com a poesia
Há tanto o que namorar com a poesia
Há tanto o que compreender com a poesia
Há tanto o que viajar com a poesia
que eu com esse excesso de bagagem
passo na cara do vigia
de mãos vazias.
Mas tamanha é a magia
que toda a muamba que ninguém via
agora se esparrama no palco:
ela rainha, galinha
sambando no pedaço,
minha rainha poesia
e de salto alto.
(Elisa Lucinda)
quarta-feira, 12 de agosto de 2009
Desequilíbrio
terça-feira, 11 de agosto de 2009
Sibiliana twittando...
"uma sibiliana que twitta deve ver isso..."
Damião Ximenes
O livro aborda o processo de condenação do Brasil na corte Interamericana de Direitos Humanos por causa da tortura e morte de Damião Ximenes em um hospital psiquiátrico em Sobral/CE.
Veja a apresentação:
"Este volume estampa, com pequenas alterações, a dissertação com a qual Nadine Borges graduou-se Mestre no Programa de Pós-graduação em Sociologia e Direito, da Universidade Federal Fluminense. Tive a honra de, ao lado de seu ilustre orientador, o Prof. Marcelo Pereira de Mello, e do querido Prof. João Ricardo Wanderley Dornelles, integrar a banca examinadora.
Este livro não contém apenas, o que por si só recomendaria sua leitura, o relato dramático do caso Damião Ximenes, ou seja, daquele paciente encarcerado, imobilizado, espancado e morto no interior de um hospital psiquiátrico situado em Sobral-CE, em outubro de 1999. O caso, submetido à Corte Interamericana de Direitos Humanos, resultaria na primeira condenação formal do Estado nacional brasileiro.
Tampouco se restringe o livro a oferecer, o que não seria pouco, um amplo painel, histórico e normativo, sobre o percurso e a amplitude deste ramo jurídico que logrou destacar-se do direito internacional público, o Direito Internacional dos Direitos Humanos, acompanhado de uma radiografia estrutural do sistema interamericano de direitos humanos praticamente legendada por “instruções ao usuário”: o leitor aprenderá as rotas de acesso a tal sistema, os níveis nos quais ele opera (Comissão, Corte, Instituto) e os pressupostos de admissibilidade para uma reclamação.
O leitor tem em mãos muito mais do que isso. A Autora efetuou sua pesquisa com um marco teórico definido e coerentemente invocado, que respalda a narrativa do caso e a reflexão jurídica que ela suscita. Encontra-se igualmente no trabalho a informação precisa sobre o estado da arte da jurisprudência brasileira neste “parto às avessas” que tem sido, e ainda é, a difícil incorporação do Direito Internacional dos Direitos Humanos ao ventre de nosso ordenamento constitucional. Ao mesmo tempo em que o trabalho alavanca a capacidade reivindicatória de brasileiros violentados em seus direitos humanos, são revelados os porões deste sistema penal paralelo que, ao largo de qualquer controle e das mais elementares garantias, ainda subsiste na desqualificação jurídica e no confinamento psiquiátrico de réus e pacientes.
Entre penalistas e criminólogos críticos, tem sido comum a pergunta sobre as razões do descompasso entre inegáveis avanços na institucionalização psiquiátrica – inclusive entre nós, na legislação e nas práticas – e o atraso genocida dos sistemas penais. Bem, os tataranetos libertários de Pinel concentraram seu ativismo e suas manifestações ainda sob Estados de bem-estar, e suas análises buscavam as raízes políticas da questão. Em 1967, Franco Basaglia escrevia:
“se a psiquiatria desempenhou um papel no processo de exclusão do doente mental quando forneceu a confirmação científica para a incompreensibilidade de seus sintomas, ela deve ser vista também como a expressão de um sistema que sempre acreditou negar e anular as próprias contradições afastando-as de si e refutando sua dialética, na tentativa de reconhecer-se ideologicamente como uma sociedade sem contradições” (A Instituição Negada, trad. H. Jahn, Rio, 1985, ed. Graal, p. 124).
Mas, nesses tempos desventurados do neoliberalismo, cuja agonia – iniciada com a quebra dos ilusórios mercados de derivativos – será longa e mistificada, o maior encarceramento da história ocidental não pode ser visto como a fantástica contradição que é: trata-se de controlar pela criminalização os contingentes humanos miserabilizados, desempregados e marginalizados pelo mesmo empreendimento neoliberal. Ao contrário, o bem sucedido esforço dos meios de comunicação e da academia colaboracionista para ocultar as raízes políticas e econômicas do fenômeno detém sua análise ao nível de um moralismo tosco que sustenta um senso comum criminológico positivista e estéril, onde a ignorância e o preconceito disputam o protagonismo. A legitimação dos sistemas penais no capitalismo de barbárie é patrocinada não apenas por seus atores políticos tradicionais, jornalistas policialescos, deputados conservadores que praticam o mais desavergonhado populismo penal, mas também – e principalmente – por gente que já teve algum nível de compromisso progressista, para ficar numa expressão bem ampla. Criou-se uma mentalidade que, a despeito da significação das estatísticas, da realidade opressiva e da seletividade do sistema penal, vê na pena uma divindade provedora, capaz de prevenir e resolver todos os conflitos sociais, capaz de obscurecer as contradições irredutíveis da sociedade do individualismo possessivo.
Esta mesma mentalidade já convertera o discurso dos direitos humanos num instrumento de etnocentrismo jurídico, o qual, quando presentes argumentos substanciosos – como o petróleo do Oriente médio – se converte em imperialismo jurídico. “Democratizem-se ou morram” poderia ser a divisa bélica deste movimento, que na última invasão liquidou a autoridade moral máxima do sistema planetário de direitos humanos, a Organização das Nações Unidas.
Por todos esses impasses e perplexidades, o livro de Nadine Borges merece leitura e reflexão".
Nilo Batista- Titular de Direito Penal da Universidade Federal do Rio de Janeiro
http://www.revan.com.br/catalogo/0406a.htm
Blog na cocorinha
"...também é certo que nos novos relatos auto-referentes ressoam ecos da velha vontade romântica de reter o tempo. Intui-se aquela ânsia de guardar algo próprio que se considera valioso, mas que inevitavelmente irá escapar no frenesi da aceleração contemporânea. O sonho impossível de preservar toda a miudeza que conforma a própria vida: milhões de instantes passados e enfileirados em sua duração até o presente"(SIBILIA, 2008: 135).
Belo estranho dia
Celebridades cairão no anonimato
Palavras deformadas
Fotos desfocadas, vão atravessar o atlântico
Jornais sairão em branco
E as telas planas de plasma vão se dissolver
O argumento ficou sem assunto.
Vai ter mais tempo pra gente ficar junto
Vai ter mais tempo pra enlouquecer com você
Vai ter mais tempo pra gente ficar junto
Vai ter mais tempo pra enlouquecer...
Os políticos amanhecerão sem voz
O outdoor com as letras trocadas
Dentro do banco central o pessoal vai esquecer
Como é que assina a própria assinatura
E os taxistas já não sabem que rua pegar
Que belo estranho dia pra se ter alegria
E eu respondo e pergunto.
É só o tempo pra gente ficar junto
É só o tempo de eu enlouquecer por você
É só o tempo pra gente ficar junto
É só o tempo de eu enlouquecer...
Roberta Sá
segunda-feira, 10 de agosto de 2009
Soninho bom
Livro tirano?
Em muitos momentos sinto um certo saudosismo de algo que sequer vivi... ligada a uma história, a paisagens, arquiteturas que não habitei. Aprecio a lógica da intimidade, da autenticidade como valor, das escritas de si como modos de introspecção... embora problematize as noções de interioridade, de busca da verdade, a lógica burguesa entre outros.
E fico incomodada com a sociedade do espetáculo, com a tirania da visibilidade "só existe quem aparece", da sociedade do controle, onde nada escapa e, ao mesmo tempo, me sinto fascinada pelas novas tecnologias e pelas possibilidades de articulação, de constituição de redes, entre outros.
Este blog está permanentemente em análise. Permanecerá vivo após o término da leitura do livro?
Sem Budismo
[Paulo Leminski, do livro Distraídos Venceremos]
domingo, 9 de agosto de 2009
Charme no viaduto
É muito interessante ver a galera dançando as diversas coreografias. Eu fico encantada!
Quem quiser conhecer o som do cara, vale a pena ouvir:
http://www.myspace.com/montelljordan
E quem quer saber mais sobre o Charme e os charmeiros:
"O termo "charmeiro" é utilizado para designar os apreciadores de uma vertente da Black Music (Música negra americana), conhecida popularmente no Brasil como "Charme", termo usado para o R&B Contemporâneo no Brasil , que se desenvolveu a partir do Urban.
Com uma vestimenta social, porém mantendo sempre o seu traço “black”, o charmeiro conserva seu perfil de um negro de bom gosto, romântico e inteligente.
As músicas deste estilo são compostas de forma específica. Elas têm, dentre outras características, um ritmo que é quaternário, muito bem delineado e marcado. Os arranjos são muito bem organizados e chamam a atenção. O trabalho vocal tende sempre a ter uma maravilhosa performance vocal do artista, o que não impede de haver determinadas músicas que não tenham vocal.
A origem deste estilo remonta uma época paralela à Soul Music, nos anos 70, cuja execução no Brasil foi realizada por DJs como Mister Funk Santos. O charme tem mais do som da Filadéfia pelos arranjos e melodia do que propriamente do Soul, afinal, tratava-se de uma terceira vertente depois do Soul e o Funk. No final de 76 a Soul Music dava sinais de desgaste, seja pela pulverização do repertório ou pela não renovação do seu público. Outro detalhe que apressaria a morte do Soul foi o nascimento de um outro movimento entre jovens brancos da Zona Norte e Oeste do Rio - "O Som das Cocotas". Fica aqui o registro que o movimento "Black Rio" era formado por 60% de negros e pardos, 40% de brancos e mestiços pobres da periferia da cidade. O primeiro "baque" sofrido pelo movimento Soul foi, sem dúvida, a descoberta e identificação do som "pop-rock" pelos frequentadores brancos da zona norte. O segundo e definitivo golpe sofrido pela agonizante Soul Music foi dado pela revolução trazida pela Disco Music em 1977. Por ter sido um movimento mundial, a Disco Music mudou o comportamento, a moda e a cultura dos jovens da Zona Norte do Rio e boa parte de Brasil. Em 1980 a Discoteca se enfraquece como movimento de "dança coletiva", abrindo espaço para o "pop orientado" da gravadoras multinacionais instaladas no Brasil, deixando, por assim dizer, um vácuo musical nas equipes de som do subúrbio do Rio. O Corello aproveitou esse "hiato" musical e experimentou músicas e estilos não percebidos por outros DJ's da época.
O termo Charme (R&B) foi criado por Corello DJ, no Rio de Janeiro, em março de 1980. O DJ Corello começou na época a fazer experiências de outras formas de Black Music. Ele introduz a musicalidade do Charme e as pessoas começam a gostar. Ele não tinha dado um nome para essa experiência, mas observou que quem dançava tinha um movimento corporal bem diferenciado. Em um baile no Mackenzie, no bairro do Méier, o Corello convida: “Chegou a hora do charminho, transe seu corpo bem devagarinho”. Essa estória do “charminho” ficou na cabeça das pessoas e elas passaram a falar: “agora eu vou pro Charminho, vou ouvir um Charme, vou lá no Corello que vai ter Charme” "(http://pt.wikipedia.org/wiki/Charmeiros)
sábado, 8 de agosto de 2009
(IN) Segurança Pública
sexta-feira, 7 de agosto de 2009
Eu tou cansando dessa merda
Eu tô cansado desta merda
Da violência que desmede tudo
Da minha liberdade clandestina
De tá no meio dessa briga
Chega!
Da gente tá se apertando
Da ignorância insandecida
Se esquivando de estatísticas
A minha paz, faz tempo, tá querendo trégua
A minha paciência se atracou como ela
Eita!
Que o sangue pinga nas notícias
Vendidas como coisa bela
A merda já tá no pescoço
E a gente acostumou com ela
Nunca se sabe o que vai acontecer
Nunca se sabe, pode acontecer
Nego! A máquina acordou com fome
Vem detonando tudo em sua frente
Comendo ferro, cane e pano
Bebendo sangue e gasolina
Eita!
Sentenciado ao absurdo
De merda em merda emergindo
Um dia afoga todo mundo
E assim acaba a caganeira
Eddie
Composição: Fabio Trummer
http://www.myspace.com/bandaeddie
Simplesmente eu e Clarice
"O espetáculo Simplesmente Eu. Clarice Lispector foi extraído de depoimentos, entrevistas, correspondências de Clarice Lispector e trechos dos livros Perto do Coração Selvagem e Uma Aprendizagem ou O Livro dos Prazeres, além dos contos Amor e Perdoando Deus, o monólogo conta a trajetória da escritora em busca do entendimento do amor, de seu universo, suas dúvidas e contradições.
Direção, adaptação e interpretação de Beth Goulart, supervisão de Amir Haddad, iluminação de Maneco Quinderé, cenário de Ronald Teixeira e figurino de Beth Filipecki.
De 13 de agosto a 4 de outubro
De quarta a domingo, às 19h
Teatro I do CCBB
Duração: 60 min
Classificação: 12 anos
Entrada: R$ 10 e R$ 5 (meia para estudantes, professores, funcionários e correntistas do Banco do Brasil e maiores de 60 anos)"
http://www44.bb.com.br/appbb/portal/bb/ctr2/rj/DetalheEvento.jsp?Evento.codigo=33298&cod=1
quinta-feira, 6 de agosto de 2009
Homo psychologicus
Sempre com Clarice
Dor e alívio
Aparelho apertado= dor intermitente= humor meio down.
Apoio= trilha sonora de Amélie Poulain+livro "O show do eu".
Erasmus tá chamando!
http://ebw2.up.pt/?show=general_information
5. ÁREAS DE ESTUDO E TIPOS DE MOBILIDADE ABRANGIDOS
05 Educação, Formação de Professores
05.1 Formação de professores
05.2 Educação primária
05.3 Educação secundária
05.4 Formação profissional e técnica
05.5 Educação de adultos
05.6 Educação especial
05.7 Ciências da educação, educação comparativa
05.8 Psicologia educacional
05.9 Outras: Educação, formação de professores
14 Ciências Sociais
14.1 Ciências políticas
14.2 Sociologia
14.3 Economia
14.4 Psicologia e ciências comportamentais
14.5 Assistência social
14.6 Relações Internacionais, Estudos Europeus, Estudos Regionais
14.7 Antropologia
14.8 Estudos de Desenvolvimento
14.9 Outras: Ciências Sociais
etc...
quarta-feira, 5 de agosto de 2009
Em miúdos
Cheiro= dove
Olhos= embaçados
Mãos= tc tc
Coração= sereno e apertado
Cabeça= cheia
terça-feira, 4 de agosto de 2009
Por que o que incomoda às vezes acomoda?
Fico assombrada com a capacidade de me incomodar e me acomodar... processo que, infelizmente, eu não sou a única a passar... mas, como é aqui, dentro de mim, que o cupim come... vamos lá!
"Sacode! Levanta poeira! Arrasta os móveis! Mude-os de lugar! Compre outros! Procure conforto! Saia da forma-sofá!"
Tenho dito essas frases "encorajadouras" pra mim mesma mil vezes por dia. Parecia mantra. Ou uma chatice repetitiva queixosa diária.
Mudei. Acordei disposta a sair da lamúria. Entrei em ação. E ainda farei várias coisas ao longo do dia. Tudo pra melhorar as dores nas costas e diminuir a porra da barriguinha (que até diminuiu nos últimos dias, em que me alimentei melhor, depois dos ataques na tpm). Tudo pra dar condições de trabalho e estudo! Eu mereço mais e melhor! É isso aí.
Em busca da dúvida
"Quando eu penso na Bahia...
... eu sei que estou com muita, mas muita saudade da Chapada Diamantina! Paraíso das linhas de fuga?
Nossa... vi as fotos de um casal de amigos que esteve lá recentemente e me bateu uma saudade da porra daquela paisagem, das cachoeiras, da imensidão... da vontade de voar que sinto quando vejo a cachoeira da fumaça, de cima... quando subo no Morro do Pai Inácio... da vontade de parar o tempo quando me banho naquelas águas ferruginosas... naquela água azul... da vontade de ganhar o mundo serra a fora, mato a dentro...
E agora, já sinto saudade também d@s bons e querid@s amig@s no/do Rio: Lu, Aureliano, Marin(d)a, Pâmella... É como eu disse para minha mãe e suas amigas, na aula de yoga em abril, quando estive em Boqueirão: eu descobri uma vida além morro... e isso não me permite criar muito limo... não há alegria maior do que seguir tendo bons encontros pela vida! E hoje, gostaria de reunir uma boa galera e fazer uma trip pela Chapada... pensem na saudade da criança...
Estrelas demais
segunda-feira, 3 de agosto de 2009
domingo, 2 de agosto de 2009
Dia de luz... festa do azul...
http://www.myspace.com/bandaeddie
Ainda há fogo em mim
Queria sempre assim
Dia de luz
Festa do azul celestial
Casa Caiada
Água Salgada
Imaginando a vida toda submarina
Deitada na estampa colorida da toalha
Todas as cores secando ao sol
Todas as cidades já estão em chamas
Consumidas por um desejo voraz
Quem sabe ainda sobre alguma chance
À tarde
O vento
E o mar
Ainda há fogo em mim
Queria sempre assim
Sombra estrondosa nas calçadas
Bairro novo
Seus dias quentes e úmidos
Suor pingando do rosto
E logo ali
Deitada à vontade na grama do seu jardim
Um cheiro bom
E Todas as cores filhas do sol
Todas as cidades ja estão em chamas
Consumidas por um desejo voraz
Quem sabe ainda sobre alguma chance
E folhas
Pairando no ar
Ainda há fogo em mim
Quisera sempre assim
Dia de luz
Festa do azul celestial
Casa Caiada
Água Salgada
Imaginando a vida toda submarina
Deitada na estampa colorida da toalha
E Todas as cores secando ao sol
Todos os oceanos já estão condenados aos ataques
Impulsionados por um desequilíbrio feroz
Quem sabe ainda sobre alguma chance
À tarde
O vento
E o mar
(vamo lá)
Todas as cidades já estão em chamas
Consumidas por um desejo voraz
Quem sabe ainda sobre alguma chance
à tarde
O vento
E o mar
(vamo fazer o final)
(Bairro Novo/ Casa Caiada)
Tangos e Tragédias
Eu fui a um espetáculo, uns 13 anos atrás em Santa Cruz, com Suzana, minha colega e amiga pernambucana, e morri de rir. Os caras são muito bons! Diversão garantidíssima!
Bora?
Ingressos à venda na bilheteria e pelo site: http://www.canecao.com.br/ Funcionamento da bilheteria: de 12h às 21h20m.
"O EspetáculoTangos e Tragédias estreou em 1984 em Porto Alegre. Criado por Hique Gomez e Nico Nicolaiewsky que são também os protagonistas desta comédia musical , encenando respectivamente Kraunus Sang com seu violino delirante e o maestro Plestkaya, com seu acordeom de efeitos fantásticos. Todos estes anos em cartaz, ainda tem gente que vai assistir, muitos pela segunda,terceira ou mais vezes. É um espetáculo cult , uma espécie de vale-a-pena-ver-de-novo do teatro brasileiro. Desde 1987 nas temporadas de verão durante o mês de janeiro, a dupla consegue com seus delirantes personagens, a incrível façanha de lotar todas as sessões no Theatro São Pedro, em Porto Alegre. O espetáculo já passou pelos mais importantes teatros do Brasil, onde segue em constantes turnés e conta ainda com uma versão integral para lingua espanhola, que já passou pela Argentina, Equador ,Colombia e Espanha. Em 2003 em Portugal, Tangos e Tragédias foi escolhido pelo publico como o melhor espetáculo durante o Festival Internacional de Teatro de Almada e voltou em 2004 como "Espetáculo de Honra"'.
Pra saber mais, bisbilhotem em:
http://www.tangosetragedias.com.br/index1.htm
E uma palhinha:
Me enfrunhando no myspace
Por agora, tou no ritmo de Mundo Livre S/A, uma banda pernambucana que faz a diferença em meio a tanto lixo musical.
http://www.myspace.com/mundolivresa
Gororoba boa
E a vida se fez de louca...
Na verborragia do verso
Estoura o limite de ânsias
Há um desquite que a metáfora não alcança
E como já dizia o meu amigo Chico...
Sá, Sá...Saindo as palavras por uma porta e a vida por outra!"
(E a vida se fez de louca, Mundo Livre S/A)
Como alguém se torna o que é?
Berro em surdina
Mas como sobreviver sem estar enredad@?
E como pensar e viver a solidão produtiva em tempos hiperconectados?
A internet favorece a contrução de certas redes que são essenciais ao movimento migratório, através de dispositivos que aproximam distâncias, dão um certo quê de simultaneidade e até proporcionam um certo alívio da saudade, que atravessa as experiências dos que partem, mas não necessariamente chegam em algum lugar...
Tou sentindo que está na hora de criar outro blog, mais direcionado à minha pesquisa de doutorado sobre modos de subjetivação da migração, a partir da experiência de estudantes de pós-graduação em intercâmbio internacional.
Enquanto isso... sigo na leitura, tendo como trilha sonora a rádio Arnaldo Antunes, no last fm, que acabei de me cadastrar e tá tocando uma galera (quem inventou que eu gosto de Zélia Duncan???)
Solidão insone
"Já não sabemos estar sós, lembra Pelbart. Vivemos numa sociedade em que o "capitalismo em rede enaltece ao máximo as conexões e esconjura a solidão", e nessa hiperconectividade não pode haver singularidade, há só a "'solidão negativa', socialmente produzida", não a "solidão positiva" de uma resistência à homogeinização, à desertificação do vivido pela sua iluminação ao mesmo tempo indiferente e totalizadora. O estar só impõe um saber dançar na obscuridade, brincar em mundos não iluminados -- ali se encontram luzes de uma natureza outra: o poeta Itamar Assumpção dizia "É preciso estar escuro/ para eu dormir em paz/ mas dentro de mim há uma luz/ que eu não consigo apagar!". Também a solidão -- certamente insone -- de Itamar era ricamente povoada".
(por Sérgio Basbaum)
http://forumpermanente.incubadora.fapesp.br/portal/.event_pres/simp_sem/semin-bienal/bienal-vida/vida-doc/conf6
sábado, 1 de agosto de 2009
Nas trilhas com Amélie...
E hoje, desadormeci em sol, um solzinho gostoso! Abri janelas e afastei as cortinas para ele inundar minha casa e irradiar luz. Deu força para arrumar a casa, lavar roupa e cozinhar.
E agora, força a retomada do processo de produção. Não mais de resumos, com palavras contadas. Outro momento para pensar, burilar, estudar, inventar... tudo na vibe da solidão, tema do meu próximo trabalho.
Lá se foi julho... eita mesinho intenso!
E vem chegando, de mansinho, agosto e novas conexões, novas revoluções moleculares. E por falar nelas, hoje faz 6 meses que cheguei na terra de Estamira e Gentileza, que me acolheu de braços abertos, anunciando um novo tempo. Viva!
Pra brindar este dia, deixo como presente um vídeo de umas das companheiras nos primeiros tempos no Rio e especialmente esta semana, no processo da Loucura...