Este blog é um território para vadiar, de atenção às dobras dos acontecimentos, do acaso e dos bons encontros... Espaço para fazer reverberar afetações cotidianas! "(...) A vida não tem ensaio, mas tem novas chances... Viva a burilação eterna, a possibilidade: o esmeril dos dissabores! Abaixo o estéril arrependimento, a duração inútil dos rancores! Um brinde ao que está sempre nas nossas mãos: a vida inédita pela frente e a virgindade dos dias que virão!" Elisa Lucinda
sexta-feira, 31 de julho de 2009
Vó Evinha em festa
Haverá vida além -resumo?
Palavras, contenham-se!!! Às Ordens!
até 100, de 100 a 150, de 250 a 400...
Enquanto isso... na sala da folia... meu corpo padece dos ataques de boquinha nervosa (TPM daquelas!!!), das posições super-hiper-ultra-mega inadequadas!!!
Não sei quem tá produzindo mais fumaça, se meus neurônios ou note no meu colo...
Vou desamanhecer agora... Morfius, tou indo!!!
quinta-feira, 30 de julho de 2009
Quinta com cara de sexta
quarta-feira, 29 de julho de 2009
Deus e futebol
No período do mestrado, em que pesquisei sobre saúde mental e pentecostalismo, parecia que Jesus tava na veia (o que não é diferente agora que concluí o mestrado e mudei de temática de pesquisa).
E agora, a bola da vez é o futebol. Morar próximo ao Maracanã e a convivência com Marin(d)a tem aberto meus ouvidos a essa temática. Ah! E ainda tem a telinha ligada e uma galera vidrada nos jogos em cada boteco que cruza o meu caminho UERJ- casa.
E eu que não acredito em Deus (apesar da minha formação religiosa, da experiência como catequista e algumas crenças insistentes) e nem gosto de futebol (apesar de ter sido fanática durante boa parte da vida, quando era gremista azulada)??? E que fico com o saco cheio rapidinho quando estes assuntos são temas de conversas, faço o quê??? Bato um baba com Deus?
Ih, será que a santa ceia não foi uma bela partida, em que Jesus era o treinador dos 12 apóstolos, o primeiro time de futebol da história? (Judas mudou de time, claro...) Hum... dava pra escrever um conto, uma crônica, um ensaio!
Marin(d)a, que tal escrevermos um trem (depois a gente dá um nome e uma forma) articulando essas instituições produtoras de modos de subjetivação? Quem mais topa entrar no time? O convite está lançado! Bora?
Gripe suína
Estou começando a ficar assombrada com o novo modo de matar e morrer... ainda mais que o meu povo no RS tá muito assustado, cercando-se de vários cuidados. E aqui, no Rio, o bicho (porco?) tá pegando! Tenha medo!
Derivas pela blogosfera
Na deriva, tenho feito boas descobertas de blog's, sobre os mais diversos assuntos. Às vezes fico perdida, navegando, navegando em mar aberto. Ontem encontrei um porto bem interessante: http://blosque.com/, de Nospheratt. Uma figura intensa, que mistura trecos e tarecos das novas tecnologias, possui um quê filosófico, poético e ácido. Blog cheio de pitacos e avertências pra quem quer se aventurar na blogsfera. Uma delas é sobre o plágio. Em tempos de enxurrada de informações, de pensamento preguiçoso, de imagens prontas, de google-socorrista-pra-toda-hora-e-tudo-e-nada, dá um certo sossego encontrar um blog que coloca em análise modos de pensar, de produzir, entre outros.Também gostei muito do post sobre a mediocridade e morri de rir do post sobre os 7 pecados capitais que os blogueiros cometem. Eu mesma já pequei e fui advertida, com muita pertinência, no post Brincadeira Séria. No primeiro momento, publiquei o texto na íntegra e só coloquei o link do blog, mas não citei a autoria. E a autora, Silmara Franco, postou um comentário pedindo que publicasse seu nome. Trocamos comentários e e-mails. Cuidados importantes, não é mesmo?
(se ficou curioso, vá na fonte, vá fonte...)
Sigamos a viagem!
terça-feira, 28 de julho de 2009
Morro dos ventos uivantes e lacrimejantes
Cau em Festa
para novos possíveis,
Sobre o Mesmo e o Outro
segunda-feira, 27 de julho de 2009
Para a Sofia linda da dinda
Inimigos da experiência
Caçar em vão
Arrebentando, com toda a carga.
Saltando obstáculos ou não.
Atropelando tudo, passando por cima sem puxar o freio – a galope – no susto, disparado sobre as pedras, fora da margem feito só de patas, sem cabeça.
Nem tempo de ler no pensamento o que corre ou o que empaca:
Sem ter calma e o cálculo de quem colhe e cata feijão.
Armando Freitas Filho
Ritual com Cazuza
A vida é tão desconhecida e mágica
Que dorme às vezes do teu lado
Calada
Calada
Pra que buscar o paraíso
Se até o poeta fecha o livro
Sente o perfume de uma flor no lixo
E fuxica
Fuxica
Tantas histórias de um grande amor perdido
Terras perdidas, precipícios
Faz sacrifícios, imola mil virgens
Uma por uma, milhares de dias
Ao mesmo Deus que ensina a prazo
Ao mais esperto e ao mais otário
Que o amor na prática é sempre ao contrário
Que o amor na prática é sempre ao contrário
Ah, pra que chorar
A vida é bela e cruel, despida
Tão desprevenida e exata
Que um dia acaba
(Ritual, Cazuza)
Perigo da informação
"O excesso de informação a que o homem moderno se vê confrontado não deixa espaço para a experiência. Quanto mais informados somos, menos coisas nos acontecem" (Beatriz Bessa)
domingo, 26 de julho de 2009
Fúria gastronômica
O que seria de mim sem o boldinho? Até me acompanhou durante A Partida, que assisti novamente e fiz questão de levar Dani (minha amiga capixaba que tb é do mundo).
Agora tou aqui... tentando digerir... processo complexo e amanhã eu retomarei as caminhadas, dieta, escritas! Muito trampo pela frente! Oba!
O que me interessa
Do meu olhar pra fora
O mundo é só miragem
A sombra do futuro
A sobra do passado
Assombram a paisagem
Quem vai virar o jogo e transformar a perda
Em nossa recompensa
Quando eu olhar pro lado
Eu quero estar cercado só de quem me interessa
Às vezes é um instante
A tarde faz silêncio
O vento sopra a meu favor
Às vezes eu pressinto e é como uma saudade
De um tempo que ainda não passou
Me traz o teu sossego
Atrasa o meu relógio
Acalma a minha pressa
Me dá sua palavra
Sussurre em meu ouvido
Só o que me interessa
A lógica do vento
O caos do pensamento
A paz na solidão
A órbita do tempo
A pausa do retrato
A voz da intuição
A curva do universo
A fórmula do acaso
O alcance da promessa
O salto do desejo
O agora e o infinito
Só o que me interessa
(Lenine)
Curto-circuitos
Preguiça boa...
sábado, 25 de julho de 2009
mangue aqui
quinta-feira, 23 de julho de 2009
Zumbizando
Fui na rua cheirar cola, arrumar o que comer.
Fui na rua jogar bola, ver os carros correr.
Tomar banho de canal quando a maré encher.
Quando a maré encher.
Quando a maré encher.
Tomar banho de canal quando a maré encher.
Quando a maré encher.
Quando a maré encher.
Tomar banho de canal quando a maré encher.
Tomar banho de canal quando a maré encher.
Tomar banho de canal quando a maré encher.
É pedra que apóia a tábua, madeira que apóia a telha.
Saco plástico prego, papelão.
Amarra corda, cava buraco, barraco.
Moradia popular em propagação.
Cachorro, gato, galinha, bicho de pé.
E a população real convive em harmonia normal.
Faz parte do dia dia banheiro, cama, cozinha no chão.
Esperança, fé em Deus, ilusão.
Quando a maré encher.
Quando a maré encher.
Tomar banho de canal quando a maré encher.
Quando a maré encher.
Quando a maré encher.
Tomar banho de canal quando a maré encher.
Tomar banho de canal quando a maré encher.
Tomar banho de canal quando a maré encher.
Fui na rua pra brincar, procurar o que fazer.
Fui na rua cheirar cola, arrumar o que comer.
Fui na rua jogar bola, ver os carros correr.
Tomar banho de canal quando a maré encher.
Quando a maré encher.
Quando a maré encher.
Tomar banho de cana quando a maré encher.
Quando a maré encher.
Quando a maré encher.
Tomar banho de cana quando a maré encher.
Tomar banho de cana quando a maré encher.
Tomar banho de cana quando a maré encher.
Quando a maré encher.
Quando a maré encher.
Quando a maré encher.
Quando a maré encher.
(Nação Zumbi)
Surtinhos
Uai, vambora!
Invenção e/ou imitação a la Sílvia Machete
Triângulo, zabumba, prato... sei lá!
Dança, riminhas
Afinal não posso negar a herança do meu pai trovador!
E agora, Dani Zani vai entrar pra banda... criatividade não vai faltar!
Ueba!
Aconteceu
O que aconteceu
Foi melhor assim
Estava por um fio
Estava por um triz
Estava já no fim
Todo mundo via
Que acontecia
Pois aconteceu
Era o que devia
Quando um descaminho
Acha o seu desvio
Tudo se alivia
Foi melhor assim
Quando dei por mim
Já estava aqui e agora
Marisa Monte
Composição: Marisa Monte, Arnaldo Antunes
Trapo por um fio
Trapo quase virando (in) utensílio
Dasdoida
Pode crer...
quarta-feira, 22 de julho de 2009
Brincadeira séria
Depois você passou naquela loja onde tem uns vestidos moderninhos e coloridos. Você entrou e pediu aquele cor de laranja com borboletas, muito mais curto do que os que você costuma usar. Aproveitou e pediu a sapatilha da vitrine. Arrancou o seu terninho bege, sua camisa branca e seu escarpim marrom. Deixou tudo por lá mesmo, no provador. E quando a vendedora perguntou o que fazer com aquilo, você disse: Queima.
Quando você retornou ao trabalho, uma hora depois do horário de costume, com aquele vestidinho e com os cabelos daquele jeito, a roda em torno de você foi se formando. Uns, animadíssimos. Outros, nem tanto. Alguns reprovaram. Como as coisas já não andavam muito bem por ali, sua chefe lhe chamou no final do dia para conversar, e avisou que as coisas não poderiam continuar daquele jeito, ou ela teria que substituir você. E você disse: Substitui.
Saindo de lá deu vontade de jantar naquele bistrô aonde você acha que só deveria ir no dia do seu aniversário ou outra data importante. Você mal encostou seu carro e já veio o dono da rua, dizendo que eram dez pratas para parar ali. E, como você não deu bola, o homem começou aquela conversinha surrada dizendo, na entrelinha da entrelinha, que um eventual não-pagamento antecipado incorreria em riscos indesejáveis na pintura do seu bólido. Você pegou o celular, digitou três números, mostrou o visor para o homem e, já com o dedo na tecla “ligar”, disse: Risca.
Faz de conta que você chegou em casa e sua filha de dezessete anos estava na sala com o namorado. Você teve que contar de novo a história daquele vestido e daquele cabelo e, como chovia, sua filha sondou se o rapaz poderia dormir ali. E, enquanto jogava no lixo aquela agendinha que você só usava no trabalho, você disse: Pode.
Quando se deitou para dormir, aquele anjo que costuma vir conversar com você antes do sono se empoleirou na cabeceira da sua cama. Elogiou o cabelo, o vestido, a decisão no trabalho, o presente de não-aniversário, o chega pra lá no dono da rua, a atitude com a filha. Só por curiosidade, perguntou que bicho havia mordido você. E você, se ajeitando no travesseiro e já desligando o abajur, disse: Nenhum.
No dia seguinte, vendo que eram dez da manhã e você ainda não havia se levantado, sua filha entrou no quarto, vocês conversaram e no final ela perguntou como é que vocês viveriam dali para frente. Com certa ironia, ela arriscou dizer que com as bolsas e os badulaques que você produzia e vendia nos finais de semana é que não seria. E você disse: Sim.
À tarde, você procurou o dono daquele galpão que você havia visto para alugar, perfeito para uma oficina, e fez uma oferta. O homem coçou a cabeça, pediu um pouquinho mais, e você disse: Fechado.
À noitinha, você foi até a casa dos seus avós, assim, de surpresa. E, de surpresa, você os beijou. E quando eles perguntaram o que era aquilo, você disse: Amor.
Faz de conta que foi assim. Faz de conta que foi desse jeito que você virou a mesa. Que resolveu não perder mais tempo, fazer o que gosta e ser do jeito que você, só você, acha que fica mais bonita.
Faz de conta que você morreu. E que alguém lhe deu a oportunidade de voltar para um terceiro tempo.
Então. Agora vai lá e faz tudo de verdade.
Silmara Franco
http://fiodameada.wordpress.com/2009/07/22/brincadeira-seria/
Do trapo?
Pergunta pra mim alguém
Respondo talvez de longe
De avião, barco ou ponte
Vem com meu bem de Belém
Vem com você nesse trem
Nas entrelinhas de um livro
Da morte de um ser vivo
Das veias de um coração
Vem de um gesto preciso
Vem de um amor, vem do riso
Vem por alguma razão
Vem pelo sim, pelo não
Vem pelo mar gaivota
Vem pelos bichos da mata
Vem lá do céu, vem do chão
Vem da medida exata
Vem dentro da tua carta
Vem do Azerbaijão
Vem pela transpiração
A inspiração vem de onde, de onde?
A inspiração vem de onde, de onde?
Vem da tristeza, alegria
Do canto da cotovia
Vem do luar do sertão
Vem de uma noite fria
Vem olha só quem diria
Vem pelo raio e trovão
No beijo dessa paixão
A inspiração vem de onde, de onde?
De onde
A inspiração vem de onde, de onde?
(Ney Matogrosso e Pedro Luis e a Parede)
Transpiração
terça-feira, 21 de julho de 2009
Pecadinhos
Tende piedade dos pecadinhos
Que de tão pequenininhos não fazem mal a ninguém
Perdoai nossas faltas
Quando falta o carinho
Quando flores nos faltam
Quando sobram espinhos
Eu que vivo na flauta
Vivo tão pianinho
Vou virar astronauta
Pra aprender o caminho
(Pecadinhos, composição de Zeca Baleiro- interpretação Ceumar)
Tesoura do Desejo
E eu te esperando em frente a um certo Bar Leblon
Você se aproximando e eu morrendo de medo
Ali, bem mesmo em frente a um certo Bar Leblon
Quando eu atravessava aquela rua morria de medo
De ver o teu sorriso e começar um velho sonho bom
E o sonho, fatalmente, viraria pesadelo
Ali, bem mesmo em frente a um certo Bar Leblon
Vamos entrar
Não tenho tempo
O que é que houve?
O que é que há?
O que é que houve meu amor,
Você cortou os seus cabelos
Foi a tesoura do desejo
Desejo mesmo de mudar
(Tesoura do Desejo, Alceu Valença)
segunda-feira, 20 de julho de 2009
Sou Vila desde pequenininha!
Nem sequer vacila
Ao abraçar o samba
Que faz dançar os galhos,
Do arvoredo e faz a lua,
Nascer mais cedo.
Lá, em Vila Isabel,
Quem é bacharel
Não tem medo de bamba.
São Paulo dá café,
Minas dá leite,
E a Vila Isabel dá samba..
A vila tem um feitiço sem farofa
Sem vela e sem vintém
Que nos faz bem
Tendo nome de princesa
Transformou o samba
Num feitiço descente
Que prende a gente.
O sol da Vila é triste
Samba não assiste
Porque a gente implora:"Sol, pelo amor de Deus,
não vem agora
que as morenas vão logo embora.
Eu sei tudo o que faço
sei por onde passo
paixao nao me aniquila
Mas, tenho que dizer,
modéstia à parte,
meus senhores,
Eu sou da Vila!
(Feitiço da Vila, Noel Rosa)
Gentileza
Enlaces...
Entre o antigo e o novo,
Relativização do tempo...
Atualização de forças e desejos
Desterritorialização de formas lineares
Cá estamos, em tempo real (?!)
Eu, Katinha e Pâmella
Celebrando a arte do encontro!
Um brinde!
domingo, 19 de julho de 2009
Boas Parcerias
Estou muito feliz com a visita de Kátia, que foi minha professora na UNISC e marcou muito a minha formação. Nos desencontramos depois que fui pra Bahia e curiosamente nos reencontramos este ano, quando eu estava de partida pro Rio e ela chegando na Bahia, pra começar sua vida na UFBA e outras coisitas mais! Outros encontros e uma bela abertura para compartilhar a vida! (e o tempo de afastamento não fez nenhum borrãozinho...) Eita pessoinha especial em minha vida!
E agora, tô me acabando de rir conversando pelo msn com minha amigrante Verena sobre o blog: "vizinha, eu não entendo nada do seu blog... vc tá alucinando?" hehehe
É isso, somos tão diferentes, mas partilhamos um comum no plano afetivo... como explicar? Hum...
Já pensou que porre só ter encontros com iguais? Que ouvem as mesmas músicas, que lêem os mesmos livros, que assistem os mesmos filmes, que se vestem do mesmo modo... eca! Abaixo a síndrome de Pato Fu "eu, queria tanto encontrar, uma pessoa como eu..."
E por falar em parcerias, deixo o vídeo da Alzira Espíndola e Zélia Duncan, cantando "É só começar". Adoro essa música e ela tem sido boa companheira, em vários momentos, principalmente naqueles em que a "mulherzinha" teima em ser minha parceira... Esconjuro! E ela some...
Zum zum e mel
Acordei com Arnaldo, fazendo zum zum pra mim...
"Inda de lambuja tem o carneirinho, presente na boca
Acordando toda gente, tão suave mé, que suavemente
Inda de lambuja tem o carneirinho, presente na boca
Acordando toda gente, tão suave mé, que suavemente"
Dia de descanso,
Dia de "escrivinhar" projetos,
Dia cinza tão colorido,
Zum zum e pronto.
sábado, 18 de julho de 2009
Cantinho escondido
Tem um cantinho escondido
Decorado de saudade
Um lugar pro coração pousar
Um endereço que freqüente sem morar
Ali na esquina do sonho com a razão
No centro do peito, no largo da ilusão
Coração não tem barreira, não
Desce a ladeira, perde o freio devagar
Eu quero ver cachoeira desabar
Montanha, roleta russa, felicidade
Posso me perder pela cidade
Fazer o circo pegar fogo de verdade
Mas tenho meu canto cativo pra voltar
Eu posso até mudar
Mas onde quer que eu vá
O meu cantinho há de ir
Dentro...
Cantinho Escondido, Marisa Monte
Composição: Carlinhos Brown, Marisa Monte, Arnaldo Antunes, Cézar Mendes
... que hoje eu tô de bobeira...
Dia após dia, sozinho na colina
O homem com um sorriso bobo está perfeitamente parado
Mas ninguém quer conhecê-lo,
Pode-se ver que ele é só um bobo.
E ele nunca dá uma resposta .....
(The fool on the hill- minha predileta dos Beatles)
...
Ser bobo às vezes oferece um mundo de saída porque os espertos só se lembram de
sair por meio da esperteza, e o bobo tem originalidade, espontaneamente lhe vem a idéia.
O bobo tem oportunidade de ver coisas que os espertos não vêem.
Os espertos estão sempre tão atentos às espertezas alheias que se descontraem diante dos
bobos, e estes os vêem como simples pessoas humanas.
O bobo ganha utilidade e sabedoria para viver.
(Das vantagens de ser bobo, Clarice Lispector)
sexta-feira, 17 de julho de 2009
Pra que tanta pressa?
Me lembrei das falas da Sofia (minha afilhada linda de 15 anos) quando eu estava de partida do Rio Grande do Sul pra Bahia, há 10 anos, e tentava explicar o que esta mudança implicaria em nossas vidas, pois eu mudei em fevereiro e só voltaria a passeio no "Papai Noel".
Ela, impaciente com a dinda burra, disse: "Ai dinda, tu não sabe que antes do Papai Noel, tem o Coelhinho?"
Por que atropelar os eventos?
Ou ainda, por que gastar tanto dinheiro com o Natal luz ao invés de distribuir chocolates a toda a população???
Ou ainda, por que não financiar viagens a todos? Outras viagens?
Há tempos tenho um projeto de lei, de que cada brasileiro deveria ter assegurado 2 viagens nacionais para qualquer trecho e 1 viagem internacional por ano. Bora bolar um abaixo assinado?
Eu, hein...
Nada melhor do que a cocorinha... ai ai
quinta-feira, 16 de julho de 2009
Noel dos Errantes
numa folha qualquer eu coloco...
qualquer,
qualquer traço, ponto, linha de fuga...
rizoma, produção de subjetividade, heterogênese
outras formas, sem formas
ALGO (com u ou com l?)
prévia em Noel
primeiro desenho
primeira apresentação fora do Noel
multiplicade
Devir Geni
se espraiando
poderíamos estar roubando, mas...
criamos uma banda!
Noel dos Errantes
Chico visita Noel
Eu jurava que não tinha escutado... nem visto... e nem sido vista... onde estava EU? Não tava... tava no banheiro...
Claaaaaaaaaaaro! Tava filmando! hehehe
Bom registro de um dos ensaios da banda "Noel dos Errantes"... os que erram por aí...
quarta-feira, 15 de julho de 2009
De Chico pra mim...
Até o Fim
Chico Buarque
Quando nasci veio um anjo safado
Imagens do Museu de Imagens do Inconsciente
Batendo ponto (e a bunda) em Noel
Rose
segunda-feira, 13 de julho de 2009
A partida
sábado, 11 de julho de 2009
Eu e elas
Lá céu tingido de cinza
com lágrimas divinas
Cá, lágrimas de Lua
Vendo a dança delas, lá
Ao som dele e dela
Entre eu e elas
Espatódea
Despetalando
Inebriando a vida
Com o perfume do amor
sexta-feira, 10 de julho de 2009
Para minha Pequena flor de vida
Nuvem branca
Estou aqui de passagem
Eu não sou o seu vizinho
Eu moro muito longe, sozinho.
Estou aqui de passagem.
Eu não sou da sua rua,
Eu não falo a sua língua,
Minha vida é diferente da sua.
Estou aqui de passagem.
Esse mundo não é meu
Esse mundo não é seu.
(Eu não sou da sua rua- Arnaldo Antunes)
quinta-feira, 9 de julho de 2009
Blog por um fio
Desbravadores do velho mundo: uni-vos!
Se você tem uma certa curiosidadezinha, uma certa comichãozinha.... está doido para retirar o garrote que estrangula o desejo, navegue aí...
http://www3.universia.com.br/newsletter/conteudo/editorial/20090701/index.htm
Ela brincou comigo
quarta-feira, 8 de julho de 2009
Qualquer
Traço, linha, ponto de fuga
Um buraco de agulha ou de telha
Onde chova.
Qualquer pedra, passo, perna, braço
Parte de um pedaço que se mova.
Qualquer
Qualquer
Fresta, furo, vão de muro
Fenda, boca onde não se caiba.
Qualquer vento, nuvem, flor que se imagine além de onde o céu acaba
Qualquer carne, alcatre, quilo, aquilo sim e por que não?
Qualquer migalha, lasca, naco, grão molécula de pão
Qualquer
Qualquer dobra, nesga, rasgo, risco
Onde a prega, a ruga, o vinco da pele
Apareça
Qualquer
Lapso, abalo, curto-circuito
Qualquer susto que não se mereça
Qualquer curva de qualquer destino que desfaça o curso de qualquer certeza
Qualquer coisa
Qualquer coisa que não fique ilesa
Qualquer coisa
Qualquer coisa que não fixe.
(Composição: Arnaldo Antunes / Hélder Gonçalves / Manuela Azevedo)
Pendulando
Algumas pérolas da última aula:
"É preciso estar atento e forte"
"Há que endurecer sem perder as linhas de fuga"
"Deverá existir um lugar mágico onde só existam linhas de fuga"
"Não me ame, por favor. Porque quando você me quer bem, me põe um monte de linhas duras"
"Acho meio complicado essa psicopatologia filosófica de abertura ao fora... Psiquiatra é o ginecologista da invaginação"
Devir flor
que te abriste à alegria
abra-te agora ao sofrimento
que é fruto dela
e seu avesso ardente.
Do mesmo modo
que da alegria foste ao fundo
e te perdeste nela
e te achaste nessa perda
deixa que a dor se exerça agora
sem mentiras
nem desculpas
e em tua carne vaporize
toda ilusão
que a vida só consome
o que a alimenta.
(Aprendizado, F.G)
terça-feira, 7 de julho de 2009
Nos rastros de Estamira
"A Minha missão, além de ser a Estamira, é mostrar a verdade e capturar a mentira (...) Você é comum. Eu não sou comum. (...) Eu sou a visão de cada um. Ninguém pode viver sem mim, sem a Estamira".
O documentário nasce do encontro entre o fotógrafo Marcos Prado e a catadora de lixo (?!) Estamira, em 2.000, no Lixão do Jardim Gramacho, no Rio de Janeiro, que ele fotografava há 6 anos. Quando ele pediu para fotografá-la, ela aceitou chamando-o para conversar, em que lhe teria dito que tinha uma missão: revelar "a verdade" e que: "Sua missão é revelar a minha missão".
Deste modo, Estamira, através das lentes de Marcos Prado, que a acompanhou durante 4 anos, enuncia que para “as coisas terem jeito”, a única solução é a destruição de tudo e uma reconstrução do zero. E dá sua contribuição a este projeto: “se tiver que me queimar para as pessoas terem lucidez, tudo bem”.
Em um misto de raiva e doçura, Estamira nos convoca, nos provoca, nos perturba, colocando em análise diversas instituições sociais, tais como família, religião, psiquiatria e modos de existência contemporâneos.
O documentário suscita diversas análises: sociológicas, antropológicas, psicanalíticas, psicológicas, entre outras. Mas Estamira vai “além”. “Além dos além”. Filósofa, mulher, guerreira, louca, lúcida e feiticeira, Estamira é várias mulheres em uma. Estamira é uma multidão.
É sobre a experiência do “transbordamento” que ela nos fala, da loucura que não cabe na relação de diagnósticos do CID 10 (Classificação Internacional de Doenças), transbordando filosofia e lucidez em insights geniais como “lixo é resto e descuido”, “economizar as coisas é maravilhoso, pois quem economiza as coisas tem. Quem não tem, sofre.", disse Estamira, sobre o lixo. E ainda: “tudo é abstrato, até Estamira”, “na escola não se aprende e, sim, se copia” e “tudo que é imaginado existe, é e tem”.
Seu discurso enfático tem dimensões éticas, estéticas e políticas, beira ao insuportável que existe em nós e que teima em resistir. Por isso incomoda tanto assistir Estamira. Nem todos querem ou suportam ouvir o seu discurso, assim como nem todos suportam a convivência com o ambiente putrefato do Jardim Gramacho. "Tem gente que não se agüenta com ele [o lixão]".
É essa mulher que etiquetamos como "louca", rechaçando-a e fugindo dela como o diabo foge da cruz, que denuncia nossos desejos de manicômios.
Precisamos dela para sair da relação espaço-temporal comum que nos confina no mesmo.
Envolvidos em sua trama-drama, tornamo-nos cúmplices: “Não tem nenhum ingênuo aqui”, afirma.
Seus delírios são trans-individuais. Segundo Deleuze um delírio não é apenas um drama teatral ou psicológico. Nossas crenças também são delírios, mas que tiveram sucesso e ganharam credibilidade por serem compartilhados pela maioria. Quando se dá voz ao delírio, ou quando se consideram efetivas as vozes da loucura, do louco, outros encontros são possíveis:
“(...) é que o delírio, que é muito ligado ao desejo, desejar é delirar, de certa forma, mas se olhar um delírio, qualquer que seja ele, se olhar de perto, se ouvir o delírio que for, não tem nada a ver com o que a psicanálise reteve dele, ou seja, não se delira sobre seu pai e sua mãe, delira-se sobre algo bem diferente, é aí que está o segredo do delírio, delira-se sobre o mundo inteiro, delira-se sobre a história, a geografia, as tribos, os desertos, os povos (…) O delírio é geográfico-político. E a psicanálise reduz isso a determinações familiares. Posso dizer, sinto isso, mesmo depois de tantos anos, depois de O anti-Édipo, digo: a psicanálise nunca entendeu nada do fenômeno do delírio. Delira-se o mundo, e não sua pequena família. Por isso que… Tudo isso se mistura. Eu dizia: a literatura não é um caso privado de alguém, é a mesma coisa, o delírio não é sobre o pai e a mãe (O Abecedário de Gilles Deleuze, 1988).
O seu discurso delirante, não pode ser resumido a um discurso de um doente. Como afirma o filósofo Luiz Fuganti "Que potência filosófica ela tem, de criar conceitos e definir modos de pensar"(...) "não é o discurso de uma paranóica, não é classificável pela psiquiatria, não cabe em sistemas". O psicanalista Contardo Calligaris, colunista da Folha de São Paulo, observou no mesmo debate que Estamira construiu "uma cosmologia e uma cartografia" próprias.
Estamira tem o peso do documental nas costas. Peso da experiência de vida marcada por prostituição, estupro, pela “passagem” no aterro psiquiátrico, entre outros que Prado vai nos apresentando sua história de vida após os 20 minutos iniciais, nos quais o espectador/ cúmplice tem contato com o pensamento de Estamira.
Em ataques de fúria, Estamira, vomita suas análises numa retórica irada e alucinante, afirmando sua loucura como uma possibilidade de significar o mundo.
É pelo controle remoto que toda e qualquer conexão se resolve, explica. Está plugada no mundo, na sociedade, em nós, em nossos nós.
Sua grande revolta é contra Deus e a religião. Declara guerra a Deus que muitos anseiam declarar, mas não têm coragem. Mira Deus "estrupador". Posiciona-se contra um Jesus Cristo que é o "trocadilo" em pessoa, contra a quadrilha de médicos "dopantes" "copiadores" que a tentam deter, contra "espertos ao contrário", contra o próprio filho rezador: "alguém larga de morrer por rezar tanto?".
Estamira indigna-se contra quem não cuidou do mundo, que permite que tudo esteja ao contrário, o “poderoso ao contrário”. Se há tantos erros, há Deus? Para ela, não.
Conclui sua missão terrorista poética e nos coloca frente à frente com tudo aquilo que julgamos restos, dejetos e inutilidades e que se tornam invisíveis no nosso cotidiano.
Um brinde ao terrorista-em-nós!
Professora Luana da Silveira
Asas do desejo
Pairar sobre todos
Atravessar espaços, corpos, tempos....
Tudo ver
E não ser visto...
Acarinhar todos os sentimentais
E nada sentir...
Asas acinzentadas,
Sem o brilho úmido de quem habita
E é habitado pela carne...
E pelas suas entranhas
Vermelhas e vivas,
O sangue que pulsa quente
Fez jorrar o desejo
Da contaminação!
Vida inflamável
Sucumbe em chamas
Explode em cores e...
Vira Outra
Em busca da boa morte
Deixar morrer...
segunda-feira, 6 de julho de 2009
Silencioso
Modo habitual (e muitas vezes único) do celular
Além de diminuir consideravelmente as despesas com esse trocinho
Este modo tem também diminuído consideravelmente incômodos com esse trocinho enjoativo
É isso... entojei!
Me irrito até qdo toca o de alguém que esteja comigo ou por perto
Silêncio para outros sons serem escutados...
Xiiiiiiiiiiiiii
Afirmando a vida
O que acho muito bacana no movimento de quem migra é um certo estado de atenção, curiosidade. Claro, que isso é do tipo "migrantes do bem", que se arriscam, que se lançam ao sabor da aventura de desbravar o novo. Porque os "migrantes do mal" só lamentam o que perderam, só olham pra atrás, buscam os mesmos cheiros, mesmos sabores, mesma língua, mesmo sotaque... se enclausuram no mesmo... ARGH! O duro, é que o bem e o mal se atravessam...
E nessa deriva, tou agora aqui, enchafrundada nas apostilas do Supera (Sistema para detecção do uso abusivo e dependência de substâncias psicoativas: encaminhamento, intervenção breve, reinserção social e acompanhamento). Luana, Supera! ai ai
domingo, 5 de julho de 2009
Sobre o que não deu certo, mas também não deu errado... parte 2
Há meses eu e Lu falamos em ir à FLIP- Festa Literária Internacional de Paraty, que começou esta semana e acaba hoje. Vários agenciamentos, mas não rolou desta vez. Tudo absurdamente caro, em dólar e só pacote, tempo frio e chuvoso, estrada engarrafada, fez a galera (nos últimos dias Pâmela, Carol e Ana já tavam na vibe da FLIP tb) desistir. Claro que eu, até o derradeiro segundo, tentei convencê-las de que poderíamos ir e voltar no mesmo dia (não saber o mapa do Rio de cor ainda me dá certas liberdades para devanear...), arriscar mesmo...
Mas o que não deu certo, também não deu errado... porque acordei com ressaca gastrômica (isso mesmo...) por causa do show da Rita, mas cheia de disposição! Fui com Lu na caixa cultural (desta vez acertamos tudo, inclusive o horário!!!) assistir "Asas do Desejo" do Win Wenders, do projeto a história do cinema contada em 40 filmes. Ainda na fila encontrei Carol (sem ter marcado...) e depois de tudo, Pâmela nos encontrou! tá vendo aí...
Ah! Ainda almoçamos (ou melhor, devorei uma feijoada), desta vez sem Carol, na Feira do Lavradil (feira de antiguidades, que acontece no primeiro sábado do mês, na Lapa), ao som de Chico Buarque (que nem sabe que não fomos à FLIP). E depois fomos pra Santa Teresa que, literalmente estava de portas abertas!!! Muitos cachecóis (descobri que estou "vendendo" os meus por uma bagatela), arcos e gente... muita comida!!! Boquinha nervosa passou mal... mas a culpa não foi da Amarula, que abriu os trabalhos! Nem consegui comer direito a famosa pizza do Casarão... E de lá, ainda fomos pra Tijuca, que tá completando 250 anos e cheia de programações, com samba nas esquinas, nas praças (tudo bem que na hora em que chegamos não tava rolando nada nem parecido com samba...). E pra finalizar a noite, uma passadinha no japonês (não o de sempre).
E tudo isso gastando muito pouco! Bom demais da conta... e como eu ainda posso achar que o que não deu certo, deu errado? Teria que ter muita vocação pra ser infeliz para pensar assim...
Sobre o que não deu certo, mas não deu errado
Duas foram no cinema...
A primeira foi com Fernanda, colega da UERJ, que estava passando um tempo na minha casa. Fomos ao Iguatemi ver dois filmes (Se eu fosse você 2 e Quem quer ser milionário), mas chegamos em cima do horário e corremos pra sala. Fernanda escondida atrás de um pacotão de pipoca (que eu não posso comer por causa do aparelho, mas comi...) e dois copos gigantes de coca-cola (que eu nem gosto, mas bebi) e eu indócil porque o filme não começava e com receio de não pegar o segundo... até as primeiras cenas de... Watchmen! hehehehe e ainda demoramos alguns segundos pra perceber que tínhamos entrado na sala errada! O jeito foi relaxar e curtir o filme (que eu gostei, mas não teria assistido se não fosse por engano e que bom que aconteceu o engano), dar uma pausa depois circulando pelo shopping e assistir Quem quer ser milionário na última sessão...
A segunda vez foi com Bebel, colega da disciplina na UFRJ. Saímos da aula correndo em direção ao cinema da Estação Botafogo pra assistir Palavra (En)cantada. Vimos uma porta aberta, perguntamos se era lá que o filme tava passando, disseram que sim... pronto, lá estava eu (outro cinema, outra companhia, outro filme, mesma cena) e Bebel "aguardando" o filme começar... e agradecendo pelo fato do filme estar... atrasado!!! (Já poderia ter aprendido, né?) Até começar as primeiras cenas de... Ninho Vazio!!! O filme é bacana e até hoje ainda não vi o outro, que me levou ao cinema...
Outra vez foi na Mostra de Cinema Africano, que tava rolando na Caixa Cultural. Eu, Lu e Fernanda, chegamos correndo (por estarmos atrasadas) pra assistir alguns filmes que haviam nos interessado. Quando fomos comprar os ingressos... hehehehe a melhor opção era ficar no teatro e ver o Festival de Dança! hehehe Isso mesmo, porque a mostra de cinema, era no cinema da caixa cultural... pertinho, mas longe o bastante pra assistir o que pretendíamos e já estávamos atrasadas! Ah! O festival foi muuuuito bacana!
Mas a trapalhada mais engraçada foi com Aureliano, colega da UERJ e de várias atividades culturais. Curiosos que só... não perdemos nada do que vem rolando no Rio (até parece que isso é possível). E o programa da vez era o show de Antônio Nóbrega, na reinauguração do teatro Glauce Rocha. Não tínhamos conseguido pegar as senhas (que permitiam a entrada gratuita), mas resolvemos arriscar assim mesmo. E aí tudo começou... pra não atrasarmos, resolvi passar meu Riocard no metrô... e nada! e tentávamos em vários lugares (obviamente suspeitando de que o problema era da catraca...), até que Aureliano perguntou se o cartão tb era válido pro metrô... na hora (demorou, hein?) eu disse que não, que era pra ônibus e barcas!!! Minutinhos se passaram nessa atrapalhação, compramos bilhetes que de fato permitiriam o acesso ao metrô, passamos e... atrapalhação parte 2: entramos no metrô e imediatamente comentei: "Aureliano, entramos no lado errado!"... mais risos e descemos na estação seguinte. Ou melhor, desci. Porque ele não conseguiu atravessar a multidão e ficou entalado! Ou seja: atrapalhada parte 3. Mais risos e gestos combinando de que o esperaria ali, mas do outro lado, pra irmos pro show (que ainda não tínhamos os ingressos...). Foi "rapidinho"... mas a atrapalhada parte 4 já estava gracejando... qdo ele voltou, entrei num vagão atrás do que ele estava (e eu havia visto, incrível como nessas horas a gente só vê um rosto conhecido...), mas ele resolveu descer pra entrar no mesmo vagão e quando tentou entrar... surpresa! não conseguiu!!! Eu, ainda sem saber disso, estava rindo muito até receber a ligação dele me pedindo pra descer na próxima estação (que era a Maracanã, a estação zero) porque ele havia descido e não conseguiu entrar no mesmo vagão... a esta altura, eu já tava roxa de tanto rir!!! Meia hora havia se passado e a gente tava no mesmo lugar!!!
Quando finalmente chegamos no teatro, havia uma lista de espera com mais de 70 pessoas... e eu, dando uma de Polyana, não queria desistir... encontrei Thiago (um amigo de Salvador que mora aqui e eu ainda não havia encontrado). Depois de nos chamarmos de Capoeira (detalhe, fizemos capoeira durante 1 mês apenas, mas o nome continua...) e ele esnobar seus ingressos, que já havia pegado há dias (e nós nem sabíamos que estavam distribuindo as senhas há quase uma semana) eis que meus velhos poderes foram despertados. : "Mas Capoeira, você é bruxa, mexe aí no caldeirão!" Conversa vai, conversa vem, ele entra no teatro com seus amigos. Eu e Aureliano continuamos por ali, à toa mesmo, quando uma criatura abençoada surgiu com 3 ingressos "sobrando". Pontos pra nós e nossas trapalhadas! E Thalles deu mole, porque não arriscou! E o show? Ah... Foi fantástico!!! O cara mistura elementos do circo, da dança, da capoeira, com uma música muito bacana que fez meu coração nordestino arder de saudade!
Pois é, só rindo mesmo e em boas companhias, com várias possibilidades!
Foi macumba...
eu, Lu, Aureliano, Thales e sua mãe, Paola
Muita dança, muito canto, muito suor!
É um tico do que consigo dizer sobre a gravação do DVD Tecnomacumba de Rita Ribeiro , no dia 3, no Vivo Rio.
E quando Bethânia apareceu? Único momento da Lu (hehehe)
"Nessa cidade todo mundo é d'oxum..."
foi o grande momento e grande movimento... suave e forte
e até lágrimas brilharam... lindo!
É... os Rios que me perdõem, mas eu amo a Bahia! Macumba!
sábado, 4 de julho de 2009
.... a paixão é roupa velha que o rato da dor roeu ...
não vejo televisão
não gosto de usar vermelho
não me banho com loção
não sei falar esperanto
conversa fiada eu não
quando durmo sonho sonho
quando acordo como pão
são judas são benedito são cosme cristinho meu
a paixão é roupa velha que o rato da dor roeu
passo horas só passando
como o ferro que só passa
cachaça boa eu conheço
é pelo brilho da taça
o mundo anda sem guia
making of da desgraça
road movie sem governo
ave-maria sem graça
o mal da naftalina
é a vitória da traça
o carro que eu andava
parou pra trocar pneu
a existência é um carro
na oficina de Deus
(Divino- Zeca Baleiro e Rita Ribeiro)
sexta-feira, 3 de julho de 2009
A Deusa dos Orixás
o vento bateu pra yansã rodar
yansã, cadê ogum?
foi pro mar
mas yansã, cadê ogum?
foi pro mar
yansã penteia os seus cabelos macios
quando a luz da lua cheia
clareia nas águas dos rios
ogum sonhava com a filha de nanã
e pensava que as estrelas eram os olhos de yansã
mas yansã, cadê ogum?
foi pro mar
na terra dos orixás, o amor se dividia
entre um deus que era de paz e outro deus que combatia
como a luta só termina
quando existe um vencedor
yansã virou rainha da coroa de xangôoiá, oiá, oiá me
oiá matamba me cacurucaju zinguê
(Rita Ribeiro)
As dobras
Diferentes matizes
................................
Dobra, dispositivo de expansão de possibilidades, de intensidades, de direções, de significações. É neste movimento, operado em planos, dimensões, estratos ainda não estabilizados que iniciamos nosso processo.
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Neste movimento de dobra-des-dobra, alguns torresmos a mais e a dobra da cintura vai tomando forma... fixa (?!)
quinta-feira, 2 de julho de 2009
De mulher pra mulher...
criaturinha inquieta,
suave,
com passos leves
e fortes (Rocha?)
provocativa,
é uma das "nojentas"
que a vida,
(essa maravilha aberta
que ora fabula,
ora desnuda)
me deu o presente de encontrar!
Salve!
Um brinde aos bons encontros!
Você ri. Eu Rio. E Rô Rô
É o que faz meu animal ser gente
É o meu compasso mais civilizado e controlado
Estou deixando o ar me respirar
Bebendo água pra lubrificar
Mirando a mente em algo producente
Meu alvo é a paz!
Vou carregar de tudo vida afora
Marcas de amor, de luto e espora
Deixo alegria e dor ao ir embora
Amo a vida a cada segundo
Pois para viver eu transformei meu mundo
Abro feliz o peito, é meu direito!
(Compasso, Ângela Rô Rô)
pesa..delius
mas.............................
estou insone
e..................................
como diriam os subjetivianos:
o insone tem problemas com o sonho
não com o sono
já que.........................
pesadelo é a emergência do olhar nos buracos
Nhac!
produto do momento "atacar, pra não morrer"
pós-tudo
um dia de 5 meses, em 4 mesas (5...), 1 conferência
de olho no cinema (e ele em mim, ai que meda...)
fim de noite na companhia de Marinox e Aurelius
...
O que o vento não levou...
quarta-feira, 1 de julho de 2009
5 revoluções lunares em Lua...na
Na partida... uma música como fiel acompanhante "Minha vida é andar por este país... guardando recordações, das terras onde passei, dos amigos que lá deixei...", no bagageiro: mais de 300 kg de histórias... puff velho de guerra, choros, risos, abraços.
... 33 revoluções solares em trânsito.
Na chegada (ou será outra partida? rumo ao desconhecido?) dia em que a ampulheta virou e me deu o maior presente: um novo tempo e toda uma vida pela frente!
Saudações aos que tem coragem!!!