quarta-feira, 28 de outubro de 2009

O que (não) pode (pede) o corpo?

Foram '788' degraus de itinerário terapêutico entre as unidades de saúde de Vila Isabel, Maracanã e Andaraí nas duas últimas semanas...
A cada degrau escalado, minha aversão e descrença nos serviços tradicionais têm aumentado. Atendimentos clássicos de livros e de reportagens de jornal apontam a ineficiência da saúde pública e do modelo biomédico. Bandeiras de luta antigas se atualizam e me dá vontade de... morar no Capão!
E em cada degrau, mais uma página lida de um livro-acompanhante. Foi assim que em duas salas de espera li "O Estrangeiro" de Albert Camus. E Zarastrustra (Nietzsche) me acompanhou também, junto com Paixão Segundo GH e Água Viva (Clarice Lispector). E até corrigi alguns trabalhos (!!!).
E foi deste modo que me dei conta do quanto 'faltou possível e eu me sufoquei' há cerca de 1 ano, resultando numa alergia que teima em me habitar e constantemente me entope, sufoca e arranha a garganta... são as ites (faringite, sinusite...) a comprovar que se por um lado a memória do corpo é mais lenta pra esquecer... por outro, há uma rapidez estúpida em expressar aquilo que não suporto e sufoco...
O que (não) pode (pede) o corpo?

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