quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Aos mestres com carinho...

Há que se ter sempre bom humor para fazer da vida uma coisa outra, inventar modos de lidar com as agruras do cotidiano acadêmico, do efeito lattes (orkut acadêmico), de um cenário empresarial despontecializador... há que se criar linhas de fuga!
Pra marcar esta data, nada como Deleuze...

"Como tudo, são ensaios. Uma aula é ensaiada. É como no teatro e nas cançonetas, há ensaios. Se não tivermos ensaiado o bastante, não estaremos inspirados. Uma aula quer dizer momentos de inspiração, senão não quer dizer nada.

Mas não há outra palavra a não ser pôr algo na cabeça e conseguir achar interessante o que é dito. Se o orador não acha interessante o que está dizendo... Nem sempre achamos interessante o que dizemos. E não é vaidade, não é se achar interessante ou fascinante. É preciso achar a matéria da qual tratamos, a matéria que abraçamos, fascinante. Às vezes, temos de nos açoitar. Não que seja desinteressante, a questão não é essa. É necessário chegar ao ponto de falar de algo com entusiasmo. O ensaio é isso. Eu precisava menos disso. E as aulas são algo muito especial. Uma aula é um cubo, ou seja, um espaço-tempo. Muitas coisas acontecem numa aula." (abecedário de Deleuze, letra P)

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