terça-feira, 15 de setembro de 2009

2009.2 com tudo, contudo...

Estamos em meados de setembro e só agora o semestre letivo está começando na UERJ... se por um lado isso embaralha os horários tradicionais de início de semestre em agosto, gerando estranhamento, por outro lado, possibilitou começar as novas atividades de 2009.2 com menos pressão. (?!?)
Ataque de polianice? Talvez.
Agosto foi um mês difícil pra mim. Sufocante em vários momentos. Depressivo em outros. Trouxe resquícios da correria do final de julho. Sofri pra botar forças em tantos novos projetos de trabalho, escrever trabalhos, resumos, etc. Saí da cocorinha diversas vezes porque o jogo de forças exigiu. E isso provocou um cansaço do caralho. Cansaço físico e existencial.
Momento paradoxal.
À alegria pelas novas possibilidades de trabalho, pelo reconhecimento da minha atuação como professora, somava-se uma certa tristeza pela sensação de "tempo perdido" das novas experimentações com o "tempo" que a nova vida no Rio me possibilitou e me fez perceber que havia "tempo" para tudo (por isso repetir: tempo, tempo, tempo, tempo... como um mantra). E nisso, agosto foi cruel, me roubando o bem mais precioso que conquistei. Esta perda trouxe velhos funcionamentos e afetos... culpa por não produzir como deveria e gostaria, medo de não dar conta, de me entupir de trabalho novamente como fiz em vários momentos da minha vida, afastamento de atividades sociais e culturais, sono interceptado em meio ao processo de salário atrasado, horas cortadas... processo de decepção do migrante?
Virei ostra. E reclamava com quem me tirava da solidão, mesmo prometendo grande parceria para novas composições. Até mesmo com Jorge Ben Jor no show com Paula Lima (a população de idiotas presente crescia em ritmo exponencial como dizia Pâmella).
Neste processo, fiz resumo e trabalho completo para apresentar trabalho no Encontro de História Oral em BH, que acontecerá em outubro; fiz resumo de dois trabalhos (GT e uma mesa redonda) para apresentar no congresso da ABRAPSO em Maceió, em novembro (falta mandar o texto completo); submeti um artigo sobre a Loucura para publicação na Mnemosine; fiz resumo para apresentar um trabalho em novembro em Vitória, no Congresso Internacional de História (falta mandar o texto completo). Elaborei plano de curso e cronograma de 5 disciplinas novas que estou ensinando (eixo ciências sociais e humanas em saúde), nos cursos de Enfermagem e Fisioterapia, projeto de humanização da clínica-escola de Enfermagem. Leituras e escritos diversos sobre solidão, pensamento, novas tecnologias, etc. Curso de Spinoza e Deleuze, na UNIRIO, com Mário Bruno. Início da disciplina de Clínica e Subjetividade na Contemporaneidade, abordando o abecedário de Deleuze, na UFF, com Eduardo Passos e Cristina Rauter. E... ufa! Cansei só de listar...
Várias idas ao dentista para apertar o aparelho e o juízo, algumas boas idas ao cinema, poucas saídas etílicas e alguns bons encontros com amigos novos e mais antigos.
Sim! De julho a setembro recebi visitas de Aline (SP/SSA), Kátia (SCS/SSA), Dani (VIX/SSA), Cecis (SP/MUNDO/SSA), Clara e Aninha (SSA/VCA), que movimentaram minha rotina e fizeram a alegria da migrante (hehehe). Mas acho que não pude curtir como gostaria a presença destas figuras, pois estava atordoada com atividades ou com ressaca (hehehe). E claro, 4 sessões de análise às vésperas do feriado, que deram vários possíveis aos dias de sufoco...
Ah! E comecei a fazer aulas particulares (solidárias) de inglês com Bia, na companhia e casa de Pâmella. Tudo para ganhar mundo. Quem sabe serei uma surfer? Isso dá outro post... aguardem!
Este blog também sofreu os efeitos do novo momento, do novo ritmo e dos novos golpes da capoeira. Em alguns dias publicava vários posts como modo de suspender as demandas, o tempo cronológico, em outros dias sequer deixava algum rastro, porque não havia tempo ou simplesmente pelo desejo de afirmar o mais puro silêncio. E agradeço aos vários dias nublados, cinzentos, chuvosos e frios que possibilitaram mergulhar num turbilhão de afetos e encontros. E as várias madrugadas insones lendo, escrevendo, ouvindo música e desfrutando o ar mais puro e sereno da cidade que nunca dorme...
Ah! Ainda inventei de me enveredar pelo twitter, me resumindo e me divertindo também.
Ah! E consegui cortar meu cabelo aqui no Rio, pela primeira vez, depois de 7 meses na cidade e da fidelidade de 2 anos a Érica e suas mãos mágicas, que em outro momento, reencontrarei em Salvador. Será que este foi o motivo de ter sido atropelada por uma bicicleta na calçada, logo após ter saído do salão, linda e ruiva? hehehe
Ah! Fui impedida de mudar minha senha do cartão no BB da 28 porque meu documento de identidade (a carteira do CRP) foi considerado documento irregular, rendendo a uma briga infernal...
Ah! Conheci o som de Mayra Andrade, ouvi Beirut sem parar, e afirmei em alto e bom som que entojei de samba (mas sem deixar de ir...), comi vários pastéis de gorgonzola com tomate seco e alguns rodízios japoneses. Inaugurei a centrífuga, descobri sua importância e logo a queimei...
E nesta semana, começam as aulas na UERJ... curso de espanhol, disciplina de História Oral com Heliana Conde e Cidade e subjetividade com Maiolino. Ainda bem que neste final de semana pude descansar, relaxar, beber, me divertir (e inchar como boa boneca Michelin), sair com minhas amigas, comer muito, ir na Bienal do livro do Riocentro...
Deixa eu aproveitar antes que a TPM em dose dupla chegue... Fui!
Ah! (último ah do post, né Luana...) Quando compartilhava as angústias em relação ao fim dos dias de codó e do novo ritmo, meus amigos diziam que era o que gostava e sempre fiz... acertaram: ERA.

2 comentários:

  1. Luanaaa!
    Li seu blog logo depois que cheguei do Rio, to acompanhando aos poucos, qndo acho um tempinho.
    Fiquei cansada por vc só de ler esse post.
    E por presenciar tbm uma parte dessa sua rotina atribulada.
    Muuuito sucesso pra vc nesses trabalhos e obrigadíssima de novo pela hospedagem.
    Vou passar mais vezes por aqui...bjão.

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  2. Oi Aninha! Que surpresa agradável sua visita aqui tb!
    Pois é... dá um cansaço, não? hehehe Mas tb dá potência de vida!
    E adorei nossos encontros furtuitos pela casa, o único canto do Rio que pude mostrar e compartilhar com vocês!

    bjão e boa sorte nas tuas novas andanças pela engenharia!

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