Tengo miedo del Che!

Pois é... antes que pensem que fui tomada pela idolatria, fanatismo ou qualquer ismo...

Bueno. Che já foi um ídolo. Foi. Não é mais. Nem mesmo a ida a Cuba me fez vê-lo assim... No hay revolución con una sola persona!

Ué... e por que postei uma música em sua homenagem? E por que revi "Diários de Motocicleta". Assim como ele, 'Yo ya no soy yo'...

Ah, querid@s... no início comecei a achar lindo todo quadro com sua imagem, suas frases nos muros da cidade, etc... pero... después... fui me sentindo paranóica... Mira! Che me mira por todos los cantos de La Habana!

É... até desenvolvi uma maior simpatia por Fidel, que sempre vi como um tirano e nunca senti vontade de dar um abraço... A culpa é de Fidel? hehehe

O que pra mim foi e é difícil digerir (e haja mojito e cohiba para ajudar nesta missão) é que o regime militar impera e emperra em Cuba... tudo bem... 'nosostros tenemos otra relación historica con los militares'... pero... naquele momento histórico teria sido possível fazer a revolução de outro modo?

E agora, siglo XXI? E agora, José (Martí)?

O que realmente me surpreendeu foi ouvir os cubanos defendendo a revolução, mesmo sofrendo duramente com a situação econômica e a dificuldade de mobilidade. Fomos abençoadas por termos sido acolhidas por uma família tão forte, sensível e politizada! Como esquecer las classes diárias que Héctor (novio de Tota - mamá de Marquito e hija de Cary e Marcos) nos dava sobre a história de Cuba, sobre os modos de organização e defesa da revolução? Ainda ganhamos de regalo livros para estudar. Ou seja... tenho ainda muito o que aprender, principalmente com este povo tão aguerrido e bravo... que faz de cada instante a defesa da vida, de uma outra vida... são as revoluções moleculares que me contaminaram... muito mais que qualquer grande nome... ou feito.