domingo, 21 de junho de 2009

É Tempo de vadiação...

- Tempo de parar o relógio cronológico e contemplar o tempo dos eventos. Tempo do cultivo e da habitação de um território existencial, um rito de repouso e espera:
1. Desligamento dos planos da movimentação automática e claudicante do dia-a-dia.
2. Concentração de uma estranha atenção desfocada, uma espreita atenta a diversos eventos inesperados.
3. Repouso dos movimentos automáticos e espreita aos eventos, “do acaso, das flutuações da maré, do tempo, do relaxamento da vigilância policial...”
4. Espera atenta, mas não ansiosa, ciente e respeitosa do tempo dos eventos e da necessidade de não atropelá-los, estando o sujeito disposto a aproveitá-los.
5. Atenção às dobras dos acontecimentos e à sua espreita, sem ansiedade ou pré-julgamentos.
6. Não há como guiar ou controlar a vadiação, nem muito menos treiná-la, a não ser na convivência com situações propícias a ela.
7. Disposição a perder tempo – quando o perder é ganhar mais intimidade com a evolução criadora própria da duração (Bergson, 1956).


CARTOGRAFAR É HABITAR UM TERRITÓRIO EXISTENCIAL
(JOHNNY ALVAREZ E EDUARDO PASSOS)

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