terça-feira, 1 de março de 2011

A rede social



Não sei por quais cargas d´água (vixe, me senti uma tia escrevendo assim!) eu ainda não havia postado sobre este filme, que assisti em janeiro, durante as férias em Santa Cruz do Sul... Bueno, um bora lá!

Embora tenha cometido o orkuticídio em 2007, resolvi testar o facebook em 2010 e claro, como usuária, fiquei curiosa para conhecer os bastidores da criação desta rede social que tem gerado tantos adeptos, polêmicas, pererê caixinha de fósforo.

O filme me prendeu do início ao fim, o que indica que tem uma narrativa intensa, não linear... Achei incrível o processo de criação do facebook e principalmente a atuação de Eisemberg, no papel do jovem ousado Zuckerberg.

Enquanto professora de Psicologia escolar, tenho problematizado a relação entre a escola (universidade também) e os modos de subjetivação contemporâneos, constatando o quanto a escola está perdida e confusa diante das transformações pelas quais temos passado, especialmente engendradas pelas novas tecnologias. Na era da irrupção do virtual, do inaudito, do imprevisível, de novos possíveis, a educação insiste em captar o instituído!!! Tá velha e caquética, talvez com os últimos pilares da sociedade disciplinar... De algum modo, esta é uma leitura possível sobre o filme, que evidencia um modelo tradicional de educação que tenta controlar os devires.

O caso de Zuckerber, um jovem com potencial de gênio (e totalmente atrapalhado nas relações afetivas) parece ser analisador desta conturbada relação. Estudante de Harvard, em poucas horas consegue derrubar a rede e criar outra, muito mais potente, que o consagra como o bilionário mais jovem do mundo!!! E obviamente, este processo não o deixa impune... como se evidencia durante o processo judicial movido contra ele por um de seus sócios e outros candidatos a... e também na sua dificuldade em constituir amizades e relacionamentos afetivos. Enquanto isso Harvard... segue firme nos seus princípios... ai ai ai

Taí um bom filme pra colocarmos em análise novos modos de vida, de relacionamento, bulling virtual, o poder (e a ilusão de) da internet, o velho ditado de que nada se cria, tudo se copia, do quanto estamos conectados (e controlados) etc.

Por falar em conexão, onde estou, ela está lentíssima, o que indica que devo fazer outros movimentos (espanta banha)! Hasta!

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