quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Fachada francesa

Ed. Dominè, tão ameliano quanto yo, quanto eu e o Guaipeca.
Três janelas, três grades, três aberturas para o sol.
Blue por fora, e muito red por dentro! Seja bem vindo!

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Colheita

Eu procurava o amor em jardins de cactus. Vinha buscando o fruto em árvores erradas, e nas mordidas sentia o gosto azedo, que amarga no fim da boca. Colhi amores podres, comidos pelo tempo e dor.

Foi preciso paciência – e um outro tempo – amadurecendo um fruto para colhê-lo doce, suave, terno e delicado. Simples como naturalmente é.

Eu imaginava haver segredos por trás dos espinhos. Mas é puro acaso que amores e espinhos se encontrem em botões abertos ou fechados. A rima entre amor e dor é armadilha.

O verdadeiro fruto está ao alcance das mãos – mas é tão rasteiro, que quase não se vê. É preciso passear sem fome para enxergá-lo redondo, vermelho. Para então mordê-lo distraído como numa tarde de chuva.

Cris Guerra- http://amoreponto.blogspot.com/2011/09/colheita.html