terça-feira, 30 de março de 2010

Entre a genialidade e a loucura

Cafe Terrace


Para alguns, Vincent Van Gogh (1853- 1890) era um colecionador de fracassos: fora 'incapaz' de garantir sua própria subsistência, de constituir família, de manter contatos sociais. 'Coleçãozinha' que culmina com o suicídio, aos 37 anos.
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Para muitos, era um gênio da pintura, um dos piorneiros do pós-impressionismo. Suas 71 obras só tiveram reconhecimento após sua morte, tornando-o um dos maiores pintores de todos os tempos. Mas em vida não ganhou nenhum centavinho com suas obras...
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E para outros, era um louco, que foi capaz de cortar sua própria orelha para 'presentear e se vingar' da amante.
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É no limiar destas supostas 'identidades' que ele se funde, se afunda, nos confunde... E em que se deleita meu desejo de uma bela noite perdida em sua obra...

Mafalda no xadrez ou o xadrez da Mafalda




























A Mafalda é E.T.? Desconfio...

Eita! Já se passaram os 3 primeiros meses de 2010 e eu ainda não havia postado nada da Mafalda no blog este ano??? Num creio!!! E é justamente quando eu não creio e duvido, que ela aparece!

domingo, 28 de março de 2010

Rodo cotidiano


Essa música foi uma grande companheira nos anos de 2006, 2007 e 2008... quem conviveu de perto comigo deve lembrar das trocentas vezes que ouvia o DVD acústico d´ O Rappa e cantava principalmente essa música... eita! Música pra sacudir! Ainda mais a versão em que Falcão canta com Maria (ir)Rita...
Hoje ouvi, depois de muito tempo sem escutar (acho que não ouvia desde o show deles no viradão cultural em junho do ano passado, que literalmente abalou o Bangu!) e incrivelmente, a música continua me afetando!!!

'Não se anda por onde gosta
Mas por aqui não tem jeito, todo mundo se encosta'



sábado, 27 de março de 2010

Cuba nos une


Cuba nos une en

extranjero suelo,

Auras de Cuba

nuestro amor

desea:

Cuba es tu corazón,

Cuba es mi cielo,

Cuba en tu libro mi

palabra sea.

José Martí

Fome de...

Para beirutar

sexta-feira, 26 de março de 2010

Sopros de vida


Assisti este espetáculo há umas 3 semanas atrás e fiquei encantada com a história e atuação destas duas grandes atrizes (Direção: Naum Alves de Souza.

Elenco: Natália Thimberg e Rosamaria Murtinho).


Após terem dividido o mesmo homem durante 25 anos, elas têm um potente encontro, onde revelam segredos e sentimentos nunca antes 'confessados' e desvendam uma a outra, num grande embate de forças. Emocionante! Desmancham totalmente os papéis de bandida e mocinha... entre outras cositas más... vale a pena ver de novo!
A peça fica em cartaz até o dia 28 no CCBB, e depois deve circular por aí.

quinta-feira, 25 de março de 2010

70 million... esquisito e bacana do início ao fim!


Estou tentando postar o vídeo, mas só dá erro! Sorry! Então, aí vai o link:

Seja beeeeeeeeeem querida!


Sou uma ótima colecionadora de histórias de atendimentos médicos medíocres, torpes, esquisitos... mas a história de ontem foi, no mínimo, engraçada: basta beber água em pequenos goles, usar microfone para dar aula (isso mesmo... já pensou eu 'gralhando' num mi-cro-fo-ne???), suspender vários alimentos, entre eles CHO-CO-LA-TE. Simples assim. E agora é só seguir isso, tomar o antialérgico que me derruba (sim, algo fez meu pensamento desacelerar), enfiar umas gotinhas mágicas desintupidoras de nariz, fazer exames... e ficar fofíssima como um doce caramelo...

quarta-feira, 24 de março de 2010

Vento Negro

Canção- companheira desde os idos de Boqueirão. Apesar do compositor ser um político sacana, a música sempre me afetou, principalmente nos momentos de desterritorialização. Foi a música tema da minha formatura, na colação de grau em Psicologia, quando também anunciei oficialmente a minha partida pra Bahia, no iniciozinho de 1999.

Como fui projetada em Cuba e por força de um ciclone escorreguei no mapa e parei no Rio Grande do Sul, no limite da brasilidade, vento negro sou!

O vídeo foi feito por uma gaúcha retirante. As imagens são bem clichezinhas, mas materializam algumas emoções que me atravessam e me constituem.


Que confusão... soy/estoy




Há um ano e um mês moro no Rio de todas as armas. Sempre que saio do Rio Rio, me refiro a cidade como Salvador... agora, então, que trabalho em outra cidade duas vezes na semana, dá um nó na cabeça na hora de pedir a passagem de volta... algumas vezes eu chego a pedir: Salvador... me dando conta imediatamente do 'equívoco'.

Pero, recentemente, quando estive em Salvador, me dei conta de que vários referenciais geográficos estavam abalados também... achei a cidade pequena, chamei a Rua Princesa Isabel de 'Vila Isabel', etc... o que me fez perceber que estou mais situada no Rio do que imaginava... e ainda tinha o efeito Cuba...

Quando cheguei da Bahia, na semana passada, ligada em 220 volts, mas morta de cansada, as raras horas de sono foram interceptadas por pesadelos e uma clara confusão mental: donde estoy?

Boqueirão do Leão sempre foi a referência de cidade onde moram meus pais. Moravam, melhor dizendo. Agora é onde mora meu pai. Solo.

'Quem vai embora tem que saber... é viração...'

Joga fora no lixo!

terça-feira, 23 de março de 2010

Fio metal da voz


Minha voz está por um fio! E a semana mal começou... yo tengo muchas classes para dar esta semana ainda! Até os astros estão puxando minhas orelhas e dizendo:

'Já tem algum tempo que o céu está mexendo com o seu cotidiano e obrigando você a rever seus hábitos, atitudes e capacidade profissional. Com a oposição entre Lua e Plutão, você pode perceber que atingiu seu limite e resolver fazer alterações radicais. Ou pode descobrir que adora o que faz e aprender a dar mais valor ao seu trabalho.'

Em 2009, principalmente nos primeiros meses, eu fui forçada a me olhar de frente e desacelerar. E assim, pude me reconciliar com o tempo. Já no segundo semestre... e em 2010... ficar na cocorinha é algo raro! Eu adoro ser professora (embora me estresse muito...), mas não dá pra continuar neste ritmo...

Y ahora, Jose Martí? Cortar ou não cortar os fios?


Deixe me ir, preciso andar


sábado, 20 de março de 2010

Pontos de mutação em tempestade




Eita... pensem numa pessoa desterritorializada... pois é...
O que te molesta, abuelita?

Coloquem num caldeirão insônia, pesadelos, confusão mental, 'out'ismo, euforia, melancolia.

Colocaram?

Agora mexam bem, acrescentando o tempero de Estamira, de Oxum, de Vento Negro, de Gardênias.

Recitem em alto e bom som: "Yo soy Estamira na terra onde todo mundo é d´Oxum. A força que mora n´água, vento negro vai levar campo a fora! Quem vai embora tem que saber... como oferecer solo duas gardênias para ti?!"

Pronto. Quem constesta a frase: 'Yo ya no soy yo'? Quem se atreve? Hein?

quinta-feira, 18 de março de 2010

Morfius?



'Espera-me uma insônia da largura dos astros,
e um bocejo inútil do comprimento do mundo'.

Fernando Pessoa

quarta-feira, 17 de março de 2010

Revoluciones en Lunes



Hoje faz um mês que saí de Cuba (e agora eu acho que já cheguei no Brasil...) E desde então tenho sido tomada por diversos estranhamentos... tudo é excessivamente colorido nas ruas... se antes eu já não tolerava a panfletagem propagantista, agora então... se antes já me incomodava por ver tantas pessoas morando nas ruas, agora então... se antes já não suportava os shopping´s centers, agora então... se antes eu já me irritava com engarrafamento, agora então... se antes já era difícil lidar com a falta de leitura dos alunos, agora então... se antes eu já me questionava sobre a minha necessidade de espaço, agora então...

Enfim... meu cotidiano tem sido profundamente abalado. A todo instante eu penso sobre o que é realmente básico... e como produzir mudanças concretas no meu cotidiano e também ter uma ação política mais incisiva.

Não basta mais pensar, problematizar a sociedade do consumo, do individualismo, do descarte... eu quero viver outro mundo.

Cuba reativou muitas forças e olha que tenho 'n' críticas ao socialismo... Realmente pretendo morar um tempo por lá para poder conhecer melhor. Mas antes disso 'yo tengo ganas de volver acá'... ando tão elétrica, que a insônia tem sido uma grande companheira (assim como as olheiras). Ainda mais depois de ter ido a Salvador no último final de semana e de sofrer por causa de tanta desigualdade... Imagine meu incômodo ao chegar na cidade e pegar um engarragamento de 1 h e meia do aeroporto até a Pituba e ver a paralela tomada por universidades privadas e shopping´s centers... e pra que tanto carro? Para que tanto des-per-dí-cio?

E transbordando, peço a força de Estamira com sua lucidez estonteante:

"A Minha missão, além de ser a Estamira, é mostrar a verdade e capturar a mentira (...) Você é comum. Eu não sou comum. (...) Eu sou a visão de cada um. Ninguém pode viver sem mim, sem a Estamira".

“lixo é resto e descuido”, “economizar as coisas é maravilhoso, pois quem economiza as coisas tem. Quem não tem, sofre.", disse Estamira, sobre o lixo. E ainda: “tudo é abstrato, até Estamira”, “na escola não se aprende e, sim, se copia” e “tudo que é imaginado existe, é e tem”.

terça-feira, 16 de março de 2010

A boa filha à casa retorna?



A passagem relâmpago pela terra de todos os santos (e de todos os sapos também...) potencializou as forças que produziram o encontro entre Cuba e Bahia em mim...
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Pensem na alegriiiiiiiia da criança?!
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E Salvador me acolheu com o que tem de melhor: céu azul gostoso de morder, afoxé, samba de roda, acarajé, abusadinho do França, escondidinho (só faltou comer uma boa moqueca!!!) sotaque lindo de se ouvir, meus caríssimos amigos e... Oxum e Buena Vista Social Club nas franjas do mar calmo e morno do Porto da Barra!
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Agora de corpo e alma lavados e sem meu anel velho companheiro de guerra no indicador (Iemanjá lavou e levou)... que venham os raios e trovões! Epa Rei! Que bons ventos soprem e me levem para onde eu quiser!

quarta-feira, 10 de março de 2010

Vou de táxi?



Se 'pela janela do carro eu vejo tudo enquadrado',
fora dela eu não me 'esquadro'?

segunda-feira, 8 de março de 2010

Mujeres



Encontro de diferentes gerações e diferentes culturas produzindo um comum...
Um brinde a todas as mulheres de nuestras vidas!










Mulher da vida


Era uma vez
uma mulher que
via um futuro grandioso
para cada homem
que a tocava.
Um dia
ela se tocou

Alice Ruiz


domingo, 7 de março de 2010

Música para potencializar o domingo

Esta revolucion es eterna...





Eita... assistindo mais uma vez 'Buena Vista Social Club', o documentário de Win Wenders que deu projeção e reconhecimento internacional ao grupo que faz história, encanta e emociona desde antes do Triunfo de la Revolución...

É meu encontro com Cuba gerando desdobramentos...

E agora, ao rever esse filme fiquei ainda mais encantada e apaixonada pela ilha-continente que me habita. E mais uma vez me emociono com os relatos de Ibrahim Ferrer, que infelizmente não pude conhecer pessoalmente...

Ai... e ver imagens de Havana salpicada pela força do mar, no Malecón, ver as ruas povoadas de gente tão linda e aguerrida, com seus carros que desaceleram a vida nos permitindo fazê-la girar...

Paixão boa é assim... te pega, te toma e se desdobra!

Muito interessante pensar que, justamente durante o show que assisti em Havana a bateria da minha máquina arriou... e eu senti um sono absurdo, daqueles que o palhaço me pega e deixa torta! hehehe Efeito do antialérgico, do vinho, do mojito apenas? Do frio? Hum... inicialmente me senti na gringolândia... mas deixei a música me tocar... e ela tocou! Efeito, sobretudo, de um 'canhonaço' de emoções...

Aprendiz de Bruxa

Da série: Pérolas da Pequena - parte 2


Mira o diálogo da Pequena com sua amiga Manu:
'Eu não vou estudar na 2ª série para aprender a ler e a escrever, mas para aprender a me respeitar'.

Tou começando a crer que ela é uma anã!

Rizoma humano atômico


Soy yo ahora!
Si como no!
Mira!

sábado, 6 de março de 2010

Escandalosa, eu???

Águas de março


Oxalá essas águas lavem toda sujeira e levem embora tudo aquilo que constrange a vida...
Mucho me gusta dias de chuva assim... até mesmo num sábado à noite, interceptando a minha programação social...
Mil Fozes de Iguaçu... rios de vida em mim! Potência! Raios e trovões fazem a festa no céu...

Pelas ruas que andei, encontrei...






















Si como no

Loquitos

quinta-feira, 4 de março de 2010

Oh abre alas que eu quero passar!



Agora é Luana no mundo ( como diria minha querida orientadora Marisa)!
'É o segredo do ponto, o rendado do tempo...' (Bethanita)
Eis aqui 'Fazer falar a loucura', meu artigo publicado na Mnemosine!

Resumo

Este artigo pretende abordar alguns sentidos para a experiência da loucura que, em diferentes tempos históricos e em campo fértil e poroso, se embaralham e se confundem em um entrelaçamento com a vida e a cultura, produzindo subjetividades. A loucura como alteridade, diferença e estranhamento nos é tão longínqua e, ao mesmo tempo, tão próxima. Atravessada por ambigüidades, dicotomias e polissemias, ela nos perturba, marcando discursos e práticas que evidenciam a tensão entre lógicas que divergem e convergem entre si, e devem ser colocadas em análise. Para tal, busca-se aliança com autores como Foucault, Deleuze, Guattari, Pelbart, dentre outros que nos convocam a entendê-la enquanto instituição, como experiência complexa, disruptiva, múltipla, cuja processualidade, movimento incessante e potência instituinte podem ser capturados e estagnados, assumindo o caráter de “doença/sofrimento”. Tal captura não é um fim em si mesmo, engendrando outras possibilidades, inventividades e sentidos para a loucura diferir.


terça-feira, 2 de março de 2010

Mil Fozes de Iguaçu

Chuva fina e intermitente ...

É março molhando a pele

Fazendo sulcos no ar estreito...
'Nos mananciais do agreste
Que eu fiz ressurgir
O sol que despenca
Nas chuvas de março
Lavando barrentas
Azuis de Picasso
Rebentam no peito
Represas de luz'

(Yo e Bethanita)

segunda-feira, 1 de março de 2010

Cuba em mim




Sempre senti que nasci na época errada... apesar de ser uma típica aquariana, mucho me gusta conocer ciudades antigas, adoro história, pinturas rupestres e faço várias incursões a tempos remotos imaginando a invenção de algumas maravilhas que tornam a vida tão mais gostosa, como o sorvete e o chocolate... tão mais quente e 'permanente-provisória' com o fogo e a escrita... tão mais nômade com a rede e o livro... tão mais mole e alegre, com a salsa e a rumba...

Durante muito tempo também acreditava que em outras épocas as pessoas eram mais politizadas, protestavam mais, como na época da ditadura militar no Brasil... enfim, sentia saudades de um tempo não vivido... E ao chegar em Havana fui tomada por um intenso sentimento de pertencimento como só a Bahia havia provocado até então... era como se eu sempre tivesse conhecido a cidade. Sim, sinto como se fosse cubana desde niña! E uma das coisas que mais me afetou foi justamente a percepção do tempo... não de um tempo que parou, mas daquele que escapa da desaceleração de 'um tempo sem tempo', onde a vida é viva e não mera mercadoria... embora também eivado de subjetividades capitalísticas...

A chegada no aeroporto foi engraçada... apesar da revista policialesca, fui recebida pela cor da paixão espraiada nas janelas, portas, corrimões... estoy em casa!

E os carros? Adorava contemplá-los e fotografá-los.

Mas o mais intenso foi sentir o tempo reconciliado e suspenso, apesar das tantas atividades e do desejo de comer a cidade, pude ficar na cocorinha diversas vezes! Mesmo conhecendo muitas pessoas e hablando muito, tive intensos momentos de 'outismo'... Hay vida sem celular e sem internet! Em sem en-gar-ra-fa-men-to! E graças ao bloqueio econômico! Pois é... Cuba enfrenta muitos problemas econômicos por causa do embargo da cretinice de Tio Sam, pero, isso também força os cubanos a serem inventivos, a afirmar outros modos de vida!

Uma vida menos ditada pelo consumo... é agora o meu consumo de vida! hehehehe

Também me senti menos ET. E minha equipe telúrica delirou! Não me senti uma pecadora por defender o aborto em toda e qualquer situação, por acreditar que a leitura pode inventar modos de vida, que cultura não é sinônimo de elite, por acreditar e defender saúde e educação públicos... por acreditar na vida coletiva e pública... por acreditar que é possível andar nas ruas e habitar parques... por acreditar que a indiferença pode ser afetada pela solidariedade... por acreditar!

Leituras de vida






Sempre gostei de ler e acredito no potencial da leitura para alongar horizontes. Quando criança até a pobre literatura de Sabrina e Júlia me encantava, menos pelos enredos amorosos, e mais pelas histórias que se passavam em uma cultura diferente, principalmente se fosse na Grécia e no Marrocos! E já torcia o nariz para aquelas que se passavam nos EUA. hehehe
Chatinha desde pequena... e cigana também! A leitura sempre despertou o desejo de ganhar mundo pra além dos morros de Boqueirão do Leão. E era uma das assíduas frequentadoras da biblioteca municipal e da biblioteca da escola... nenhum papelzinho passava sem ser lido...
Com a curiosidade que me impele a meter o nariz em tudo (não é em vão que tenho o nariz arrebitado, ele aponta o horizonte!!! hehehe) e de sentir que nem o céu é o limite, pude fazer várias viagens através de diversos livros (e "Cem Anos de Solidão" de Gabriel Garcia Marquez continua sendo o meu preferido).
E em Cuba... nossa, fiquei impressionada com a valorização da leitura! Quanto investimento em educação e cultura! Vi livros de papel de jornal, alternativa para o período especial em que tudo era escasso... E amigos, chorei ao ver a fila de pessoas comprando jornal... e fico com vontade de chorar todas as vezes em que ouço meus alunos (universitários!) reclamando que não gostam de ler... Sim, Cuba mexeu demais comigo...
É... acho que a Pequena Princesa e a Amélie Poulain que me habitam estão mais vivas do que nunca!

Girando...


Iê, ô.
Iê, ô.

Ih, iô.


Meu pai veio da Aruanda e a nossa mãe é Iansã.

Meu pai veio da Aruanda e a nossa mãe é Iansã.


Ô, gira, deixa a gira girar.

Ô, gira, deixa a gira girar.

Ô, gira, deixa a gira girar.

Ô, gira, deixa a gira girar.


Deixa a gira girar...
Saravá, Iansã!

É Xangô e Iemanjá, iê.

Deixa a gira girar...


Iê...durururururu, lá, lálailá, lálaiálá.


Meu pai veio da Aruanda e a nossa mãe é Iansã.

Meu pai veio da Aruanda e a nossa mãe é Iansã.


Ô, gira, deixa a gira girar.

Ô, gira, deixa a gira girar.

Ô, gira, deixa a gira girar.

Ô, gira, deixa a gira girar.

Ô, gira, deixa a gira girar.

Ô, gira, deixa a gira girar.

Ô, gira, deixa a gira girar.

Ô, gira, deixa a gira girar.

(Três Meninas do Brasil)

Respeito muito minhas lágrimas, mas ainda mais minha risada...


'Yo soy un hombre sincero
De donde crece la palma.
Y antes de morirme quiero
Echar mis versos del alma.
Yo vengo de todas partes,
Y hacia todas partes voy:
Arte soy entre las artes,
En los montes, monte soy'. (José Martí)